Um grupo ligado à Organizações Não Governamentais (ONGs) e representantes de criadores de animais protagonizaram uma sessão pancadaria na tarde desta terça-feira (18) na Câmara de Vereadores de Cascavel, no Oeste do Paraná. Vereadores votavam um projeto de lei que regulamenta a criação e comercialização de animais quando começou a confusão.
O projeto havia sido aprovado em primeira votação nesta segunda-feira (17) e prevê, entre várias ações, contratação de clínicas veterinárias pagas pela prefeitura para esterilização cirúrgica de animais abandonados, sob o cuidado de ONGs e às famílias de baixa renda. O projeto também regulamenta a criação e comércio de animais e os criadores terão que ter alvará de licença para o trabalho.
A confusão foi motivada porque o vereador Luiz Frare (PDT), apresentou uma emenda que retirava praticamente todos os artigos do projeto, o que irritou os defensores de animais. Com faixas e cartazes, eles foram para a Câmara protestar contra a emenda. Representantes dos criadores também compareceram para tentar forçar a derrubada da regulamentação. Membros da ONGs acusaram os criadores de estarem tentando evitar a aprovação para não pagarem impostos.
Devido a confusão, o presidente da Câmara, Márcio Pacheco (PPL), pediu que os manifestantes não tumultuassem o ambiente. A sessão acabou interrompida quando aconteceu uma discussão entre criadores e defensores dos animais. Giceli Dias, representante dos criadores, foi agredida com um soco no rosto por um homem e a confusão acabou se generalizando com trocas de chutes e agressões de ambos os lados. Quando a Polícia Militar chegou, o agressor não estava mais no local.
Patrícia Nunes, voluntária da ONG Associação Cidadã de Proteção aos Animais (Acipa), lamentou a confusão. Segundo ela o projeto que acabou aprovado é uma questão de saúde pública. "A gente está pedindo apenas a regulamentação, em momento algum pedimos a extinção da venda dos animais. É comércio tem que ser regulamentado, tem que pagar impostos", declarou.
A Polícia Militar registrou um Boletim de Ocorrência e duas mulheres passaram mal e precisaram de atendimento médico.
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