Renan não precisa esclarecer declarações, decide STF
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta segunda-feira (18), pedido da jornalista Mônica Veloso para interpelar judicialmente o presidente do Senado Federal Renan Calheiros (PMDB-AL), que a teria acusado de chantagem.
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O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), anunciou que a votação do relatório que pede o arquivamento do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi adiada de terça para quarta-feira (20), às 13h30.
Renan é acusado de receber ajuda financeira de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos.
Sibá alegou que precisa esperar a chegada da perícia nos documentos que Renan apresentou na sexta (15) para rebater o conteúdo da reportagem do "Jornal Nacional" de quinta-feira (14).
A reportagem mostra divergências nos recibos de rendimentos rurais apresentados pelo presidente do Senado para comprovar a origem do dinheiro da pensão.
A perícia, feita pela Polícia Federal, deve chegar somente às 12h ao Senado, informou Sibá. Ele disse então que gostaria que o novo relator sobre o caso tivesse tempo para analisar os resultados dessa perícia para emitir uma "opinião".
É que o atual relator, Epitácio Cafeteira (PTB-MA), autor do relatório favorável a Renan, pediu afastamento de dez dias por motivos de saúde.
Sibá chegou a afirmar que o relatório de Cafeteira não pode ser alterado por esse novo relator. Agora, o presidente do Conselho de Ética diz que somente nesta terça poderá confirmar essa informação. "Amanhã, quero me cercar disso tudo", afirmou.
Com a recusa de alguns senadores em assumir a função de Cafeteira, o próprio Sibá ficou nesta segunda com o cargo de relator durante os depoimentos. Ele, entretanto, avisou que nesta terça pretende indicar outro senador para a função.
Lobista e advogado
O Conselho de Ética ouviu nesta segunda o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, que intermediava o pagamento da pensão de Renan. Aos senadores, Gontijo reafirmou que o dinheiro entregue à jornalista era do próprio senador.
Mais cedo, depôs o advogado de Mônica, Pedro Calmon Filho. O advogado bateu-boca com senadores e o advogado do próprio Renan, Eduardo Ferrão, e acusou o senador de propor um pagamento "extra-oficial" de R$ 9 mil após o reconhecimento da paternidade da filha. O advogado de Renan negou a informação.
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