A votação do projeto que cria o salário mínimo estadual de R$ 1.392 para os professores do ensino fundamental foi adiada para o próximo ano. A retirada da mensagem da pauta de ontem foi feita pela bancada do governo, sem maiores explicações.

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O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), justificou que a causa seria uma dúvida na redação do projeto, que estaria muito contraditório. "Há uma dificuldade de entendimento claro sobre a abrangência da lei e na dúvida é melhor retirar da ordem do dia e conferir direito", disse.

O projeto já nasceu rodeado de polêmica. Foi considerado uma resposta do governador Roberto Requião (PMDB) às críticas que recebeu por se posicionar contra o piso nacional criado para os professores, no valor de R$ 950. Requião e outros quatro governadores entraram com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para derrubar a lei federal que fixou o piso salarial nacional.

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Em contrapartida, no último dia 19, o governador enviou às pressas à Assembléia um projeto fixando um piso estadual. A APP-Sindicato, entidade que representa os professores, considerou a proposta ruim porque retirava algumas vantagens asseguradas à classe pelo piso nacional. Mesmo assim, Requião insistiu na proposta do salário mínimo regional, mas na última hora, recuou.