A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a votação do parecer em que o relator Marco Rogério (PDT-RO) pede a cassação do mandato do deputado Luiz Argolo (SD-BA). Prevista para esta quarta-feira (22), a votação foi transferida para terça-feira (28). Argôlo é investigado por denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Trechos de conversas entre o deputado e o doleiro divulgados por jornais e revistas indicam a existência de negócios ilícitos envolvendo os dois, como lavagem de dinheiro.

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Este foi o segundo adiamento da votação do parecer de Marcos Rogério, que propõe a cassação do mandato de Argôlo (SD-BA) por quebra de decoro parlamentar. Na semana passada, um pedido de vista coletivo dos deputados Sérgio Brito (PSD-BA), Wladimir Costa (SD-PA) e Pastor Eurico (PSB-PE) transferiu a votação para esta quarta-feira.

Desta vez, a decisão foi motivada pela ausência da maioria dos parlamentares, envolvidos com a disputa eleitoral do segundo turno. Na próxima terça-feira, a Comissão de Ética também discutirá o parecer preliminar do deputado Paulo Freire (PR-SP), relator do processo contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ).

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A representação contra Bethlem foi apresentada no início de agosto pelo PSOL, que acusa o deputado de desvio de recursos. Ex-secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Bethlem é acusado de receber dinheiro para beneficiar a organização não governamental (ONG) Casa Espírita Tesloo, entre 2010 e 2012.