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“Não podia ser negligente dessa forma [de derrubar o relatório da CPI]. Mesmo porque sou a favor do afastamento do Derosso, para termos mais tranquilidade para trabalhar na Casa.” Zé Maria, vereador pelo PPS, defendendo voto a favor do relatório da CPI | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
“Não podia ser negligente dessa forma [de derrubar o relatório da CPI]. Mesmo porque sou a favor do afastamento do Derosso, para termos mais tranquilidade para trabalhar na Casa.” Zé Maria, vereador pelo PPS, defendendo voto a favor do relatório da CPI| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

O voto favorável do vereador Zé Maria (PPS) ao relatório final da Comissão Par­­lamentar de Inquérito (CPI) que investigava irregularidades nos contratos de publicidade na Câmara de Curitiba pode custar a perda das funções partidárias do parlamentar e até mesmo uma eventual tentativa de reeleição. Ontem, o secretário-geral do PPS do Paraná, Ru­­bico Camar­­­go, entrou com uma representação no Conselho de Ética do partido pedindo o afastamento de Zé Maria das atividades da legenda. O parlamentar se defendeu justificando que nunca deixou de votar com o PPS.

Na última terça-feira, por seis votos a três, a CPI aprovou – com o voto de Zé Maria – o relatório final admitindo a existência de "erros formais" na licitação que contratou duas agências de publicidade, mas isentou o presidente licenciado da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), de qualquer responsabilidade pelas irregularidades. Um relatório paralelo, que responsabilizava Derosso, chegou a ser apresentado pela oposição, mas acabou derrotado.

Diante da situação, Ca­­margo disse que o posicionamento de Zé Maria foi uma "agressão" ao partido, que defende a cassação do mandato de Derosso. "Enten­­­demos que o parlamentar deve ter critérios para votar, mas, num caso tão emblemático como esse, ele não poderia ter feito isso", afirmou. "Ele está no partido errado. Vou lutar para que o PPS não dê legenda a ele na próxima eleição."

Em resposta, Zé Maria afirmou que em nenhum momento deixou de ser combativo ou deixou de votar com o PPS no caso Derosso. Segundo ele, o relatório da CPI aponta sim irregularidades no episódio e, caso o documento fosse rejeitado, ele nem sequer seria encaminhado ao Ministério Público Estadual. "Não podia ser negligente dessa forma. Mesmo porque sou a favor do afastamento do Derosso, para termos mais tranquilidade para trabalhar na Casa", justificou. "O Rubico interpretou mal a questão. Não recebi nenhuma orientação do partido para votar, mas já havia conversado com o Rubens Bueno [presidente estadual da legenda]."

Veja o posicionamento de cada vereador a respeito do relatório que isentou Derosso

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