O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que vai voltar "a andar pelo país". Com a declaração, Lula insinuou que vai voltar a fazer política. "Faz meses que eu deixei a Presidência, e disse que ia entrar num processo de desencarnação, mas agora eu vou voltar a viajar pelo Brasil", afirmou ele, durante discurso no congresso da União Geral dos Trabalhadores, que ocorre em São Paulo até hoje. Durante sua fala, que durou 25 minutos, o petista fez uma defesa da política econômica e social adotada nos oitos anos de seu governo, entre 2003 e 2010.
Lula afirmou que foi a combinação da política de abertura de crédito e dos programas sociais com medidas macroeconômicas que fizeram "com que 39 milhões de pessoas saíssem da pobreza".
"Os ricos não sabem o que significa 100 real nas mãos de uma mulher pobre", disse o ex-presidente, que criticou ainda as classes mais abastadas que ficaram descontentes com suas políticas. "Tem gente incomodada porque tem pobre andando de avião. Fui agora para a Argentina e estava cheio de pobre no avião indo pra Buenos Aires", afirmou.
Site
Lula lançou ontem um site oficial para divulgar suas atividades políticas. O endereço é o mesmo do Instituto Cidadania (www.institutocidadania.org.br), criado por ele em 2002 para discutir suas propostas eleitorais para a Presidência da República.
Segundo sua assessoria de imprensa, a página deve conter a íntegra dos discursos do petista, vídeos e fotos e notícias sobre a nova ONG do ex-presidente, ainda em fase de formulação, que foi batizada provisoriamente de Instituto Lula. O objetivo do petista com a ONG é realizar projetos sociais na África, inspirados em sua experiência à frente do Executivo.
O ex-presidente publicou no site uma mensagem de boas-vindas ao internauta. "[Vamos] tentar trabalhar a questão da integração, tentar trabalhar as experiências de políticas sociais bem-sucedidas. Não que a gente vá querer ensinar aos outros o que eles têm que fazer, porque isso não deu certo em lugar nenhum do mundo. O que queremos é mostrar como fizemos as coisas no Brasil e, quem sabe, adequando à realidade deles, com a vontade cultural deles, com a vontade política deles, isso possa ser aplicado em outros países", afirmou.
Lula também tornou público ontem o apoio à candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad como candidato à prefeitura de São Paulo no ano que vem. "Acho que o companheiro Haddad, é adequado", afirmou, após ser questionado sobre seu apoio ao ministro, para em seguida minimizar e não ferir suscetibilidades. "Foi (sic) ministro da Educação e acho que ele está na disputa. Agora, quem vai decidir são os delegados do PT."
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