O governador da Bahia e futuro ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), defendeu que a revisão histórica da ditadura militar no Brasil deve ser feita em "movimentos suaves" e que precipitações não contribuem para o processo.

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A declaração foi dada ontem, em Salvador, durante a solenidade de entrega do relatório parcial da Comissão Estadual da Verdade da Bahia. Os sete integrantes da comissão defendem a revisão da Lei da Anistia e a punição de pessoas envolvidas em crimes contra os direitos humanos, como a tortura.

Wagner evitou se posicionar sobre a revisão da lei. Ele afirmou que a "água suja" da ditadura pode ser transformada de duas maneiras: jogando a água fora ou ir colocando água limpa aos poucos. "Todo mundo que me conhece sabe que eu sou pela segunda forma", disse o futuro ministro.

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Em tom conciliador, o governador saiu em defesa das Forças Armadas e alegou não ser positivo responsabilizar a instituição pelas violações aos direitos humanos: "Não dá para generalizar, é preciso falar em pessoas".