O secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, Walter Feldman, um dos fundadores do PSDB, anunciou nesta segunda-feira (25) que vai deixar o partido. Ele atribuiu a decisão ao desgaste causado pela sucessão do diretório municipal de São Paulo. Em 10 de abril, o PSDB paulistano elegeu o secretário estadual de Gestão, Julio Semeghini - fiel ao governador Geraldo Alckmin -, para a presidência do diretório municipal.
Insatisfeitos por não obterem lugar na direção do partido, vereadores paulistanos anunciaram a saída. Feldman, que tem forte ligação com os dissidentes, disse que sua permanência na legenda tornou-se "insustentável".
Ele deixou claro que a hostilidade do grupo eleito para a nova direção do PSDB com os vereadores ocorreu em razão de ressentimentos por causa do apoio dos parlamentares tucanos a Kassab durante a eleição municipal de 2008. "Com a saída dos vereadores, minha permanência ficou insuportável. A exclusão dos vereadores não era esperada. Eles (o grupo ligado a Alckmin) não conseguiram entender que aquilo era embate político", afirmou Feldman. "Isso é aniquilamento de nossos melhores", afirmou.
Feldman deixa nesta semana a Secretaria de Esportes de São Paulo. Ele foi nomeado secretário especial da Comissão de Procedimentos Administrativos e vai acompanhar, por sugestão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), os preparativos da cidade de Londres para os Jogos Olímpicos de 2012 e, assim, usar essa experiência em São Paulo, uma das candidatas à abertura da Copa de 2014.
Ele afirmou que sua saída do PSDB não tem nada a ver com o PSD, partido criado por Kassab. "Não tem nada a ver", afirmou. "Estou saindo do PSDB por causa do meu desconforto com o aniquilamento de nossas melhores lideranças", afirmou. "Não tenho convite do prefeito Kassab. Esse é um movimento de saída do PSDB", afirmou.
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