O doleiro Alberto Youssef afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que os ex-ministros da Casa Civil José Dirceu e Antônio Palocci eram os contatos do executivo Júlio Camargo no Partido dos Trabalhadores.
Em depoimento em regime de delação premiada, Youssef contou aos investigadores que Dirceu utilizou diversas vezes a aeronave de Camargo. O doleiro afirmou ainda que Júlio Camargo e José Dirceu têm uma relação "muito boa". Dirceu, segundo Youssef, era chamado de "Bob" na contabilidade da propina.
Júlio Camargo é executivo da Toyo Setal e firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal para colaborar com as investigações. Camargo era operador da empresa Camargo Corrêa no esquema de propina para obtenção de contratos. Ele também atuava em favor das empresas Pirelli e Mtsue.
A Camargo Corrêa firmou contratos para atuar nas refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, na Getúlio Vargas, no Paraná e Henrique Lage, no Vale da Paraíba.De acordo com os delatores Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, os contratos eram superfaturados e 1% do valor era repassado à Diretoria de Abastecimento e, em alguns casos, outros 1% eram repassados à Diretoria de Serviços, controlada pelo ex-diretor Renato Duque.
De acordo com Camargo, ele pagava propina a agentes públicos e políticos através de três empresas em seu nome: Auguri, Treviso e Piemonte.
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