O doleiro Alberto Youssef pediu nesta quarta-feira (25) para que seja interrogado novamente pelo juiz federal Sérgio Moro na ação penal que investiga irregularidades cometidas pela empresa Labogen, de propriedade do empresário Leonardo Meirelles. No primeiro interrogatório, em agosto do ano passado, o doleiro ficou em silêncio – direito que os réus acusados têm em todas as ações penais na Justiça.
De acordo com a petição assinada pelos advogados do doleiro, Youssef gostaria de ser ouvido novamente pois depois do interrogatório referente à Labogen firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), em setembro de 2014. Pelos termos da colaboração, os réus abrem mão do direito de permanecer em silêncio e são obrigados a responder a todos os questionamentos feitos em juízo. Pelo termo de colaboração com a Justiça, Youssef conseguiu reduzir a pena pela metade nas ações penais em curso nas quais é réu.
Segundo os advogados, o doleiro “reitera o seu compromisso de colaborar com a Justiça, esclarecendo a verdade dos fatos”.
Entenda o caso
A ação penal em questão se refere à empresa Labogen, que firmou um contrato de R$ 150 milhões com o Ministério da Saúde em 2013. Segundo a denúncia do MPF, o fornecimento nunca aconteceu.
Segundo as investigações, entre 2011 e 2014 a quadrilha promoveu a saída de US$ 444 milhões do Brasil de forma ilegal, através de contratos fictícios de importação para promover a lavagem de dinheiro. Para isso, eram utilizadas duas empresas no exterior, em Hong Kong e na China.
CNJ compromete direito à ampla defesa ao restringir comunicação entre advogados e magistrados
Detalhes de depoimento vazado de Mauro Cid fragilizam hipótese da PF sobre golpe
Copom aumenta taxa de juros para 13,25% ao ano e alerta para nova alta em março
Oposição se mobiliza contra regulação das redes sociais: “não avança”; ouça o podcast
Deixe sua opinião