Dois advogados do doleiro Alberto Youssef estiveram na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, para visitar o doleiro na tarde desta sexta-feira (21). Um dos defensores, Adriano Bretas, afirmou que seu cliente não foi ouvido nessa sexta-feira (21). "Os depoimentos vão ser retomados na semana que vem. Talvez já na semana que vem se encerre a colaboração [de Youssef] que está em estágio avançado".
Youssef está prestando depoimentos em regime de delação premiada desde o início de outubro. Ele aceitou contar o que sabe sobre o esquema em troca de uma possível redução de pena. O acordo ainda não foi homologado pela Justiça.
Bretas negou ainda que houve extorsão por parte do doleiro para obter propina das empresas envolvidas - tese que vem sendo usada pelos advogados dos executivos de empreiteiras. "Essa acusação é absolutamente leviana, não existe nenhuma acusação formal ou informal nesse sentido contra o nosso cliente", disse.
O advogado não quis entrar em mais detalhes sobre a delação premiada de Youssef.
Estado de saúde
O advogado também falou sobre o estado de saúde do doleiro, que já precisou ser internado por problemas cardíacos três vezes enquanto estava preso. "A saúde dele inspira muita preocupação, não só da nossa parte como da parte da família também, é um quadro bastante delicado. Não descartamos a hipótese de pedir uma perícia médica", afirmou.
- Agência rebaixa nota de crédito de empreiteiras
- Fernando Baiano nega ligação com PMDB em depoimento à PF
- Participação de executivo da Engevix é 'secundária', diz advogado
- Depoimento de Fernando Baiano ocorre nesta sexta à tarde, em Curitiba
- Janot diz que contestará tese de que empreiteiras foram extorquidas
- Petrobras pode perder 'janela' de captações
- CVM abriu 17 processos relacionados à Petrobras este ano
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura