O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos e dez meses de prisão por causa do escândalo do mensalão, vai iniciar uma agenda de viagens pelo Brasil para mobilizar bases petistas e movimentos sociais em sua defesa. Ainda à espera de que o PT se mobilize em seu favor, Dirceu quer recorrer a sindicatos e aos integrantes da legenda que o apoiam para, independentemente do comando partidário, defender a sua inocência e denunciar o que considera caráter político da condenação.
Os defensores de Dirceu avaliam que ele só deverá ir para a cadeia em meados de 2013, depois de esgotados todos os recursos. Até lá, Dirceu vai promover ações públicas no Rio de Janeiro e São Paulo. O foco será falar aos petistas mais tradicionais e setores de advogados que questionem a condenação sem provas diretas. A agenda de visitas não está fechada, mas Dirceu pretende contar com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) como pilar da movimentação.
Os setores próximos a Dirceu avaliam que a postura do comando do PT não é suficiente e chega a ser dúbia. Nos bastidores, o comentário é que os correligionários têm trabalhado para que as reações do PT ao julgamento do caso não tendam a prolongá-lo nos meios de comunicação, cenário que seria prejudicial nas próximas eleições.
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