A greve dos metroviários adiou por cerca de duas horas a abertura das estações do metrô em São Paulo. Os trens, que começam a circular por volta das 4h30, só começaram a funcionar a partir das 6h. Cerca de 3 milhões de paulistanos utilizam o metrô por dia. Por causa da greve, a CET suspendeu o rodízio de veículos, beneficiando os carros com placa final 7 e 8, que não deveriam circular nesta quinta nos horários de pico.

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Nesta manhã, os mais prejudicados são os passageiros da Linha 3, leste-oeste, a que leva o maior número de usuários. As estações continuam fechadas e os trens não circulam. As linhas norte-sul (Tucuruvi-Jabaquara) e 2 (Alto do Ipiranga-Vila Madalena) começaram a funcionar por volta de 6h, ainda de forma precária. A Justiça do Trabalho determinou o funcionamento de 85% dos trens durante a greve.

Sem metrô, os passageiros da zona leste lotaram os trens da CPTM. A SPTrans informou que antecipou a saída de ônibus das garagens e toda a frota, de 15 mil veículos, funcionou desde as primeiras horas do dia. Além disso, 100 linhas de ônibus tiveram o itinerário prolongado até o centro. Uma linha especial foi colocada para levar passageiros da estação Itaquera do metrô, na zona leste, até o Parque Dom Pedro II.

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De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, os trens dos dois ramais em funcionamento estão sendo operados por supervisores do metrô.

- Estamos operando, desde às 6h, com nossos supervisores e pessoal de confiança, em toda a linha 1 e parcialmente na linha 2, entre as estações Ana Rosa e Clínicas - diz Portella.

De acordo com o secretário, o intervalo entre os trens está bem maior nos ramais operantes. No trecho norte-sul é de 3 minutos e na linha da Avenida Paulista, de 5 minutos. Os trens, no entanto, não circulam com muitas pessoas, porque muitos passageiros ainda não sabem do funcionamento.

A paralisação ocorre por conta da negociação para pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os metroviários pedem R$ 1.800, mas a Companhia do Metropolitano propôs R$ 800, a título de adiantamento, a ser pago em setembro, vinculado a metas estabelecidas pela empresa.