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Vida mais longa com HIV

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O número de pessoas com 50 anos ou mais vivendo com HIV, o vírus da aids, está aumentando no Brasil, em consequência da eficácia do tratamento antirretroviral. Esses medicamentos passaram a ser distribuídos gratuitamente pela rede pública de saúde nos anos 1990 e reduziram as taxas de mortalidade, transformando a infecção em doença crônica. Pessoas mais velhas (40 anos ou mais) apresentaram maior taxa de controle do vírus quando comparadas às mais jovens (18 a 39 anos), segundo estudo com 2.307 participantes acompanhados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, da Fiocruz.

O desafio das doenças do século 19

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O mesmo Sistema Único de Saúde que fez mais de 22 mil cirurgias de transplantes de órgão e lida diariamente com doenças relacionadas a um novo estilo de vida imposto pela modernidade do século 21 – corrido e ao mesmo tempo sedentário –, ainda precisa prestar atendimento a pessoas com enfermidades que se expandiram desde o século 19. De acordo com a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Tânia Araújo Jorge, as chamadas "doenças negligenciadas" têm um determinante social muito forte e suas sequelas alimentam o círculo da pobreza. As doenças negligenciadas consideradas prioritárias pelo governo federal são dengue, doença de Chagas, leishmaniose, malária, esquistossomose, hanseníase e tuberculose. A pesquisadora destaca que, de forma geral, essas doenças são negligenciadas pela indústria farmacêutica global. "Não tem interesse em investimento de pesquisa para geração de vacina, de medicamentos, porque é um mercado pobre".

3,7 vezes mais risco

Um estudo feito pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual mostrou que os idosos têm 3,7 vezes mais risco de desnutrição que os pacientes adultos. Foram analisados dados de 950 pacientes, entre homens e mulheres, acima de 18 anos de idade, internados no Serviço de Cardiologia do Hospital do Servidor Público Estadual. Depois de analisar dados sobre peso e altura para determinar o Índice de Massa Corpórea dos idosos, de acordo com o especificado pela Organização Mundial da Saúde, o resultado apontou que 46,3% dos casos tinham risco de desnutrição. Nos pacientes com mais de 60 anos o risco foi 53% e nos adultos 23%. A baixa ingestão de alimentos, complicações relacionadas a doenças cardiovasculares, idade avançada e perda de peso involuntária são algumas causas.

Passatempos nada saudáveis

O tempo de lazer dos idosos, no Brasil, é grande, porém, mal aproveitado. É o que constataram os estudantes Luís Fernando Bevilaqua, Janine Gomes Cassiano e Tainã Alves Fagundes, no trabalho de graduação do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais. Eles analisaram a relação entre o uso do tempo dos idosos e o estado de saúde e notaram que 26% do dia dos idosos é dedicado a atividades de lazer como assistir televisão e ficar deitado descansando.

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Suplemento vegano

O laboratório Tiaraju lançou em setembro a VeganPlus, uma linha de suplementos produzidos sem ingredientes de origem animal. Por enquanto as vendas são on-line e há dois produtos disponíveis: suplementos vitamínicos como creatina sintetizada; D2; Cálcio, Magnésio e D2 e uma mistura para shake no sabor morango, que substitui uma refeição de 200 calorias, se batido com água. A aposta do laboratório é dar uma opção para o público de vegetarianos estritos, que não consomem nenhum tipo de produto proveniente de animais. A linha leva o selo Vegano da Socieda de Vegetariana Brasileira. www.veganplus.com.br.

Asma severa

A resposta ao porquê de pessoas com as formas mais graves de asma, com crises quase diárias de falta de ar, não melhorarem nem com o tratamento mais potente disponível hoje está próxima de ser encontrada. Estudos recentes conduzidos por duas equipes da Univer­sidade de São Paulo, comandadas pelo pneumologista Rafael Stelmach e a patologista Thais Mauad, da Faculdade de Medicina, mostraram que, nesses casos, a estrutura de todo o sistema respiratório – tanto das vias aéreas, os dutos pelos quais passa o ar, quanto dos alvéolos, as bolsas microscópicas que formam os pulmões – se encontra alterado. Nessas situações graves (5% dos casos), tanto as vias aéreas como os alvéolos se apresentam mais enrijecidos e espessos que o normal. Essas alterações seriam consequência de inflamações persistentes no sistema respiratório ocorridas provavelmente na infância.

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65% dos transplantes de fígado necessários no país não são realizados, por falta de órgão. "A única opção para vencer este déficit e contemplar o maior número de pacientes com indicação de transplante de fígado é a modalidade intervivos, ou seja, por meio de doadores da família ou não aparentados compatíveis", explica Wellington Andraus, especialista do Serviço de Transplante de Órgãos e Cirurgia de Fígado do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Hoje, o transplante hepático pode ser feito por doadores falecidos ou intervivos.

500 mil mortes

O afogamento foi um dos temas de palestra no 4º Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência, que aconteceu em Curitiba no mês de agosto. O médico especialista em afogamentos, David Szpilman diretor-médico e fundador da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, falou que esta é a quarta causa de morte acidental de adultos e a terceira entre crianças e adolescentes de todo o mundo. Segundo ele, os afogamentos são responsáveis pela morte de aproximadamente 500 mil pessoas por ano. No Brasil, no ano de 2011, 6,5 mil pessoas morreram afogadas, a segunda causa de morte na faixa de 1 a 9 anos e terceira entre 10 e 19 anos. No Paraná, cerca de 85% dos óbitos são registrados em água doce, principalmente nos rios Tibagi, Ivaí e Paraná, e apenas 8% no mar.

Fibras solúveis

Mel Gabardo

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Presente em frutas cítricas e cereais, esse tipo de fibra age como uma esponja no sistema digestivo. Ela absorve parte das gorduras e açúcares de outros alimentos, evitando que isso seja feito pelo organismo. Quem deseja emagrecer, considere incluir alimentos com fibras solúveis na dieta. Kiwi, abacaxi, acerola, limão, tangerina, maracujá e banana prata têm cerca de 0,5 grama de fibra solúvel por unidade. A laranja tem um pouco menos, cerca de 0,3 grama. "Não vale fazer suco ou vitamina e coar, pois a fibra está no bagaço dos alimentos", alerta o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo.

Dieta ovo-lacto à mão

A Vida Leve oferece dieta ovo-lacto vegetariana com pratos que levam carne de soja, quinoa, linhaça, grãos integrais, oleaginosas e legumes, enriquecidos com proteína de alta biodisponibilidade – em média 16 g desse nutriente por prato. Após avaliação das necessidades do cliente, o cardápio é elaborado e entregue na residência. Informações pelo site www.vidaleve.net.

Curto e grosso

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Mel Gabardo

Segundo o cardiologista do Sport Check-up do Hospital do Coração de São Paulo, Daniel Santos, a nova tendência no universo fitness – os exercícios curtos de alta intensidade – traz benefícios para quem deseja poupar tempo e manter a forma. Porém, é preciso tomar alguns cuidados para não exceder os limites do organismo e comprometer a saúde. "Treinar mais pesado, ainda que por tempo reduzido, sem tomar os devidos cuidados, pode ocasionar lesões osteomusculares e até representar riscos ao coração", diz. Portadores de doenças cardíacas correm quase três vezes mais risco de sofrer morte súbita, enquanto praticam esportes de alta intensidade. "O melhor é que treinos mais pesados só sejam realizados após prévia avaliação médica", explica.

Síndrome Pós-Pólio

Os portadores da síndrome pós-pólio têm em média 45 anos de idade, pois a doença foi erradicada no Brasil por volta de 1970. Com o passar dos anos, as pessoas que tiveram paralisia infantil apresentam quadro de fraqueza muscular, fadiga anormal, dores articulares, intolerância ao frio, alteração do sono e do humor, dificuldades para mastigar e engolir alimentos, e limitações motoras. Toda última quinta-feira do mês, às 17 horas, no Centro de Psicologia Aplicada/Prédio Histórico da UFPR, grupos de profissionais se reúnem para debater questões relacionados às doenças que afetam os cadeirantes e à população que utiliza bengalas e muletas. Informações pelo (41) 3310-2614.

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