Para evitar bicho de pé e bicho geográfico, mantenha os animais longe das praias e dê preferência aos calçados enquanto estiver na areia (Foto: VisualHunt)
Se vir cachorros e gatos na areia da praia, fique atento ao bicho de pé. Causado pela pulga Tunga penetrans, o bicho de pé é facilmente identificado pelo ponto de entrada formado pelo inseto na pele do pé, entre os dedos e sob as unhas. Não é preciso nenhum ferimento na pele para que a penetração aconteça e a retirada do bicho deve ser feita logo, para evitar infecções.
Depois de entrar no corpo, a pulga se alimenta da pele humana e segue cada vez mais fundo, formando lesões maiores. O risco é que a ferida cresça, forme uma área de necrose e dê espaço para uma infecção bacteriana, que vai exigir o tratamento com antibióticos.
“É uma situação mais comum em praia, em ambientes de areias, mais secos. A pessoa pisa na areia e a pulga entra na pele. O método de prevenção é cuidar da saúde dos animais, que são os transmissores, e quando for andar na areia ou no gramado, usar chinelo ou um calçado mais fechado”, explica João Luiz Carneiro, médico clínico geral do hospital VITA.
Os sintomas demoram de dois a três dias para aparecer e se resumem a uma coceira intensa ou prurido, aumento de volume, formação de uma pápula na região onde a pulga entrou e vermelhidão.
Posso tirar sozinho?
Antes de tentar retirar o bicho de pé sozinho, procure por um médico para confirmar o diagnóstico. O tratamento é feito com pomadas antiparasitárias e a tradicional agulha ou pinça – esterilizada.
“Depende da profundidade da lesão. Mas se for logo no início, ainda é superficial e fica fácil de tirar sozinho. Se for uma lesão mais profunda, é melhor procurar um médico”, explica o médico.
Bicho de pé e bicho geográfico têm como transmissores cachorros e gatos (Foto: VisualHunt)
Bicho geográfico
Cachorros e gatos também são os transmissores do bicho geográfico e, portanto, mais um motivo para deixá-los longe das praias neste verão. O bicho geográfico é uma larva microscópica que forma uma espécie de caminho avermelhado dentro da pele.
Se a coceira do bicho de pé foi intensa, do bicho geográfico é maior ainda, gerando bastante incômodo. Não há dor, de acordo com o médico clínico geral João Luiz Carneiro, e a situação tende a melhorar sozinha de seis a oito semanas.
“Mas isso é muito tempo para a pessoa sentir o incômodo da coceira e, neste período, o bicho geográfico vai crescendo e caminhando pela pele, que não é uma sensação boa. O tratamento não envolve a retirada da larva, mas o uso de pomadas – assim como para o bicho de pé – e a crioterapia, aplicação de gelo no local para matar o bicho geográfico”, explica.
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