#008: Baba Salim

Chegando em Curitiba, totalmente amadora, comecei a desbravar esse universo e descobrir coisas que vão te fazer rir da minha cara, como por exemplo: restaurantes árabes não cobram taxa de serviço (amém) e também não vendem bebidas alcoólicas (sério?). Bom… Grande parte deles, claro, já que muitos donos são seguidores do islã, mas nem todos.

É por isso que o Baba Salim foi uma grande descoberta. Em uma frase: vende cerveja gelada e comida libanesa boa.

Dia desses passei por lá e bati um papo com o dono: Jamal Khodr Chiah. Ele me contou que tem família libanesa (um povo aventureiro, conforme ele definiu) e foi nesse espírito que ele assumiu o Baba Salim, junto com o irmão, em 1998.

A comida servida por lá é a mesma que os sócios comem em casa. Tudo no capricho. Provei o quibe cru (R$ 23,90) e aprovei. O pedido demorou um pouquinho para sair, mas Seu Jamal me explicou que eles não abrem mão de moer a carne na hora. Um preciosismo que vale a pena.

Também achei a Heineken 600ml mais barata que o costumeiro – custava R$ 8,90, enquanto a maioria dos bares têm cobrado algo como R$ 10. Seu Jamal vende álcool por uma questão bem simples: apropriação cultural. Ele acredita que se recusar a comercializar esse tipo de bebida é ser, digamos, um tanto intolerante, já que estamos no Brasil.

Este blog respeita todo mundo, mas, olha… Um brinde ao Seu Jamal (que cobra a taxa de serviço, mas sabe fazer a gente feliz).

Serviço:

Endereço: rua Amintas de Barros, 45 – Centro (ao lado do Teatro Guaíra)

Horários de funcionamento: segunda-feira a sábado das 18h à 2h

Aceita cartões: sim

Estacionamento: não

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