O tradicional menu italiano de ano-novo

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O novo-ano está chegando. Há quem esteja contando os dias para se despedir de 2020 - e com razão. Para os italianos, assim como no Natal, a ceia de Capodanno (Último dia do Ano) e o almoço de ano-novo seguem rigorosamente uma tradição gastronômica.

No cardápio de comemoração a São Silvestre não pode faltar a lentilha que é considerada, desde os tempos dos antigos romanos, sinônimo de prosperidade. Conhecida pelo seu rico teor de proteína vegetal, a lentilha é uma ótimo prato para acompanhar o clássico cotechino - tipo de linguiça cozida - ou zampone, pé do porco recheado com carnes de porco frescas e especiarias, originário da cidade de Módena, na região da Emília- Romanha. E para brindar o novo ano, nada melhor que um cálice de bollicine, vinho espumante.

Ceia 

Assim como no Natal, cada região italiana possui suas próprias tradições culinárias durante as festas de fim de ano. As entradas, em todas as partes do país, são a base de verduras e queijos. No sul, muçarela e ricota. Já no norte, muita batata. O menu tradicional do chamado "cenone" - grande ceia - do dia 31 de dezembro, após as entradas, é obrigatória uma massa (espaguete, cappelletti, agnolotti, anolini ou o famoso tortellini)  ou risoto com frutos do mar. E não pode faltar, é claro, como segundo prato: lentilha e cotechino, além de bacalhau, polvo ou carne de panela. Sobremesa: frutas secas,  panetone e torta de pera e chocolate. 

Almoço de ano-novo 

E no dia seguinte, primeiro dia do novo ano, a festa continua. Nada melhor que muita verdura como espinafre e chicórea para depurar. O primeiro prato, mais conhecido como primo, é sempre uma massa: lasanha, tagliatelle ou massa fresca. Logo após, escalope, frutos do mar, salmão ou cabrito assado. Sobremesa: frutas secas - nozes - laranja, mexerica, uva, romã, abacaxi, torta doce de ricota e mel, figo cristalizado com chocolate ou com amêndoas, torrone e panetone.

E como sempre acontece - no mundo todo - dia 2 ...... é hora de começar a dieta! Feliz 2021!

Fernanda Massarotto

Jornalista, paulistana. Não sei cozinhar, mas adoro comer. Moro há 15 anos em Milão, no norte da Itália. Pedalo pelas ruas com minha bicicleta vermelha em busca de novidades da cidade, especialmente as gastronômicas.

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