Salve, estimados boêmios! Sei que ando mais relapso do que de costume, abandonando-os à própria sorte, mas é que realmente estou com pouquíssimo tempo (novos afazeres aqui na Gazeta coincidiram com os preparativos para a minha mudança – pois é, vou morar no Centro…).
Tá, já sei, ema ema ema, cada um com seus “pobrema”. Mas ainda bem que este modesto espaço noturno tem leitores como o Zed, que no último post forneceu uma brilhante sugestão para discutirmos: a proibição de shows e outros grandes eventos na Pedreira Paulo Leminski.
Entendo a reclamação dos moradores dos arredores da Pedreira. Nos dias de shows deve ser mesmo complicado viver ali. Acontece que não é todo dia (nem toda semana) que tem show ou outro evento no local. Nos meses mais férteis ela abre suas portas umas duas vezes… além disso, os produtores prometeram cumprir a Lei do Silêncio, e encerrar os eventos até as 22 horas. Os desobedientes seriam punidos com multas pela Prefeitura.
De minha parte, não concordo que uma anacrônica exigência por sossego permanente e ininterrupto dos vizinhos da Pedreira sobrepuje o direito de milhares de pessoas ao lazer e ao entretenimento – sem falar nos empregos e na renda gerada com a permanência da cidade no circuito de grandes shows nacionais e internacionais.
A Pedreira é talvez o mais engenhoso e criativo espaço para shows do mundo – não há uma única estrela internacional (de Paul McCartney a José Carreras, de Pearl Jam a Pixies, de Ramones a AC/DC) que não tenha ficado embasbacado ao deparar com aqueles paredões iluminados. Não podemos perder este patrimônio cultural da nossa cidade… e vocês, o que acham dessa história toda?