Ilustres baladeiros, permitam-me levantar uma questão filosófica, nascida de alguns releases que costumamos receber: que raio significa o adjetivo “universitário”, que de uns tempos para cá passou a acompanhar praticamente todos os gêneros musicais?
Primeiro foi o forró universitário, depois o sertanejo universitário, em seguida o pagode universitário e agora já falam até em funk e vanerão universitário, como prova o mais recente DVD do grupo catarinense Garotos de Ouro, Garotos de Ouro Ao Vivo, que traz a pérola “Universitário Apaixonado”.
Saca só um trecho da letra:
“Eu tô gamado na menina Que estuda na sala ao lado E tá rolando um ‘zum-zum-zum’ Que na facul eu sou mais um Universitário apaixonado…”
Claro que é uma estratégia mercadológica para dar um verniz moderninho a ritmos tradicionais, e ao mesmo tempo atrair o público jovem – os tais “universitários”. Mas, artisticamente (se é que cabe o termo), qual a diferença entre o forró pé-de-serra e o universitário? Entre o sertanejo e o sertanejo universitário, e assim por diante? Alguém engole essa picaretagem? E o que mais falta inventar? Polca universitária? Valsa universitária? Dê a sua sugestão, quem sabe os marqueteiros da indústria fonográfica não compram a ideia…
Como brinde pela participação, você pode curtir o vídeo de “Universitário Apaixonado”, gravado ao vivo na Sociedade Alvorada de Joinville (SC):