Se você gosta de rock, seja qual for a vertente, PRECISA dar um jeito de descolar pelo menos R$ 100 (o preço da meia entrada na platéia) para ver de perto o primeiro show da The Psycho-Drama Tour, a turnê mundial de Alice Cooper, domingo no Teatro Guaíra (!).
Tá, você pode achar ridículo o hard rock em si e toda a sua pirotecnia, suas caras, bocas, cabelos e maquiagem. Pode olhar a figura cansada de Tia Alice com um misto de pena e constrangimento, e até achar patético um senhor de quase 60 anos pintar os olhos, rebolar e brincar de show de horror no palco.
Mas é bom lembrar que artistas como Marilyn Manson, Mötley Crue, Iron Maiden, Kiss, King Diamond e até mesmo Pink Floyd (forçando um pouco a barra) e David Bowie (que adotou o andrógino alter-ego Ziggy Stardust em 1972, dois anos depois da transformação de Cooper) devem muito à ousadia e ao pioneirismo de Alice Cooper.
Vincent Damon Furnier (nome de batismo de Alice), nascido em Detroit em 4 de fevereiro de 1948, foi o primeiro músico a adotar elementos teatrais nas suas performances ao vivo, em 1970, por sugestão do produtor Bob Ezrin.
Transformou suas apresentações em espetáculos bizarros, abusando dos aparelhos de tortura (guilhotinas, cadeiras elétricas, camisas-de-força), mutilações cênicas e muito sangue falso — o que acabaria se tornando sua marca registrada.
Hoje Tia Alice – casado há mais de 30 anos com Sheryl e pai de três filhos, Calico, Dashiell e Sonora Rose – trocou o vício em álcool e drogas pelo golfe (sempre que pode participa de torneios beneficentes). Uma curiosidade: seu filho Calico trabalha na produção dos shows, e costuma se vestir de enfermeira nas performances do pai.
Por tudo isso, e, com o perdão do provincianismo, pela turnê mundial de Alice Cooper começar aqui no nosso Guaíra, o show de domingo não é menos que obrigatório. Ah, sem falar na banda, composta por dois ex-integrantes do Skid Row (os guitarristas Jason Hook e Keri Kelli) e um ex-membro do Kiss, o baterista Eric Singer.
Mais detalhes no roteiro do Caderno G, e acompanhe a cobertura na edição impressa de A Noite Toda, no Viver Bem do dia 17.