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Estimados notívagos, depois de alguns meses no “piloto automático”, vou tentar retomar o objetivo primordial deste nosso território boêmio – trocar informações, compartilhar dicas e experiências, e discutir a vida noturna de Curitiba e tudo o que a envolve: música, comportamento, atendimento, relações de consumo, segurança etc.

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Hoje o tema vai ser comportamento. Ou melhor: o péssimo comportamento que parece estar virando moda nas plateias de cinemas, teatros e apresentações musicais mais intimistas. Em respeito aos artistas e à parcela do público realmente interessada nos filmes, espetáculos de teatro e shows, resolvi elaborar um pequeno “manual de conduta” para quem frequenta esse tipo de espetáculo. Sim, soa autoritário. Mas a falta de educação (e/ou de noção) das plateias é tamanha, que não custa observar alguns desses conselhos:

1) DESLIGUE o seu celular

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Sim, você consegue. Nada de “modo silencioso”. Você pagou para assistir a um filme, ver uma peça de teatro ou curtir um show. Que tal usufruí-los? As mensagens de texto, aquele post genial ou as menções no Facebook e no Twitter podem esperar algumas horas. Até para você ter o que contar. Outra coisa: o modo pode ser silencioso, mas não é invisível – e, creia, a luz do seu celular atrapalha muito quem está ali para curtir o momento.

2) Evite narrar ou comentar os acontecimentos

Uma coisa é ver novela em casa, e comentar com a vizinha sobre o vestido da Cristiane Torloni, o cabelo da Giovanna Antonelli ou a quantidade de botox da Regina Duarte. Ou assistir ao jogo de futebol com os amigos, xingando o juiz e reclamando da retranca do seu time. Outra é bancar o Galvão Bueno, o Casagrande ou a Glorinha Kalil no cinema, teatro ou qualquer outro espetáculo em um ambiente fechado. Se a vontade de fazer um comentário ou piadinha for mais forte que você, faça-o em voz baixa, apenas para o seu (sua) acompanhante. Ninguém mais precisa (nem quer) saber.

3) Gritos e assobios: use com moderação, e na hora certa

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Aplausos, assobios e gritos (tanto os “woohoos” quanto os elogios mais diretos, como “lindo” e afins) costumam ser bem recebidos por músicos e profissionais do teatro – desde que para expressar reconhecimento, ao fim de uma música, de uma cena bem feita ou no encerramento do espetáculo. Assobiar (principalmente o famigerado “fiu-fiuuu”) ou gritar quando as luzes se apagam NÃO é legal. É brega. Teatro não é trem-fantasma! E no cinema não faz o menor sentido: seu ídolo não pode lhe ouvir…

4) Quer comer ou beber? Vá em frente, mas sem tanto barulho

Nos teatros em geral é proibido entrar com alimentos ou bebidas, mas nos cinemas a pipoca e os refrigerantes são quase um pré-requisito. Mesmo assim, é possível comer e beber discretamente, sem tanto barulho de papel e/ou da mastigação.

5) Respeite os lugares marcados

A comercialização de lugares pré-definidos é uma prática inteligente: permite que quem compre os ingressos com antecedência tenha o direito de escolher os melhores lugares, ao mesmo tempo em que evita (ou deveria evitar) a formação de filas na entrada das apresentações. É assim no teatro e funciona muito bem. Por que tanta resistência então aos cinemas que tentaram implantar o sistema? Você escolheu um lugar quando comprou seu ingresso, certo? Use-o!

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6) Vai tirar fotos? NÃO USE FLASH

Muita gente nas plateias parece ter audição seletiva: simplesmente NÃO CAPTAM os avisos de que é proibido filmar ou fotografar determinados espetáculos. Se você for assim (ou se a atração em questão permitir fotos e imagens), não use o flash. Em primeiro lugar, porque incomoda e desconcentra o artista. E depois, por uma questão técnica: se usar o flash, além de não captar as variações de iluminação do palco, você só vai destacar as cabeças das pessoas à sua frente! Acredite, sem o flash a foto vai ficar muito melhor – ou menos pior, dependendo da distância.

E você, quer dar a sua própria dica de etiqueta em cinemas, teatros e casas de shows? Discorda de algum item da lista? Ou prefere compartilhar experiências nessas situações? Desembuche!