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Olá, notívagos! A bomba desta semana foi o cancelamento do show do Linkin Park em Curitiba, que aconteceria no dia 10 de outubro no estádio do Paraná Clube. “Por questões logísticas”, segundo o comunicado oficial da produtora nacional, a Time for Fun, a data foi revertida numa apresentação extra no Citibank Hall, no Rio de Janeiro.

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Para mim, as tais “questões logísticas” são um eufemismo para BAIXA PROCURA. Nos bastidores, o que se comenta é que a apresentação da banda norte-americana foi transferida para o Rio de Janeiro simplesmente porque não foram vendidos ingressos suficientes para o show na Vila Capanema. Entre correr o risco de fazer um show “flopado” em Curitiba e outro com público certo no Rio – dois dias depois da primeira apresentação, e sem precisar gastar mais com transporte, alimentação e hospedagem –, os produtores não pensaram duas vezes.

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E parece que o problema não é o Linkin Park. O histórico recente não é nada favorável para a realização de grandes shows de rock na capital do Paraná: os shows de Oasis, no dia 10 de maio de 2009, e do Iron Maiden, no dia 5 de abril do ano passado – ambos no Expotrade –, ficaram aquém das expectativas em termos de público. Sem falar nas outras atrações que foram anunciadas e depois canceladas pela falta de interesse, como Alice Cooper e John Fogerty, do Creedence Clearwater Revival, no ano passado. No início do ano, o colega Yuri Al’Hanati, do Caderno G, tentou compreender os motivos para esses e outros fiascos no G Ideias. E vocês, o que acham? Por que os curitibanos não se interessam mais por espetáculos de rock?

Lamentavelmente, nos dias atuais, parece que os únicos shows com público garantido em Curitiba são os de sertanejo universitário e/ou de pagode – vide as 40 mil pessoas que costumam ir ao Curitiba Country Festival. Triste fim para uma cidade que já foi chamada de “Seattle brasileira” pela revista ShowBizz, e de “capital pauleira” pela Veja. Parece que os roqueiros merecem ser chamados de “dinossauros” por aqui: somos animais que não se adaptaram, à beira da extinção. Ou não?