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Enfim o texto da Joss Stone

Distintos notívagos, como o Caderno G acabou não aproveitando a minha “crítica” sobre o show da Joss Stone – e em resposta aos diversos pedidos feitos no penúltimo post –, resolvi publicá-la aqui mesmo (mesmo já tendo transcorrido uma semana desde o show no Teatro Positivo). Fiquem à vontade para tirar suas próprias conclusões:

Mesmo exausta, Joss Stone levanta o público

Luigi Poniwass

Visivelmente cansada e com a voz denunciando o esforço das três apresentações seguidas no Brasil – sábado (21) no Rio, domingo (22) em São Paulo e na segunda-feira (23) em Curitiba –, mesmo assim Joss Stone voltou a enfeitiçar as quase duas mil pessoas que foram ao seu segundo show no Teatro Positivo – ela já estivera no mesmo palco no dia 18 de junho do ano passado, com a turnê de Introducing Joss Stone.

Antônio Costa/Gazeta do Povo
Joss Stone diante dos seus súditos no Teatro Positivo: carisma, talento e simpatia.

De microvestido branco – o mesmo nos três shows desta temporada no Brasil, para não quebrar a continuidade do DVD que estava sendo gravado –, descalça como de costume e distribuindo sorrisos, Joss subiu ao palco por volta das 21h30, recebida por uma chuva de pétalas de rosas brancas jogadas pelos fãs da primeira fila. Agradeceu e começou com uma versão poderosa de “Super Duper Love”, sucesso do seu primeiro álbum, The Soul Sessions. E esticou o fim da música, pedindo – com charme irresistível – que a plateia ajudasse nos “yeahs”.

Em seguida engatou três músicas do álbum novo, Colour me Free!: “Could Have Been You”, “Lady” e “Free Me” – que alguns consideram uma indireta à sua gravadora, a EMI. Depois veio “Music”, de Introducing Joss Stone e um medley com “Put Your Hands on Me”, “Got the Feeling” e “Baby, Baby, Baby”.

Para a decepção de alguns fãs, ela pulou a próxima canção do setlist, “4&20”, também do álbum novo. Em compensação, cantou duas faixas que não estavam no repertório do show de São Paulo, “Governmentalist” e “I Believe it to my Soul”, ambas de Colour me Free!.

Mas foi na música seguinte que a inglesinha de 22 anos arrebatou o público do Teatro Positivo. Durante “Fell in Love with a Boy”, versão feminina da canção do White Stripes gravada por Joss em seu álbum de estreia, The Soul Sessions, ela chamou o cinegrafista (que gravava tudo para o DVD) num canto, desceu do palco e se dirigiu ao lado esquerdo da plateia. Andou pelo corredor até o meio do auditório, subiu numa das poltronas e comandou – esbanjando sensualidade – o coral do público na melodia do riff original de Jack White (“aaaaah, aaaaah, aaaaah, aaaaah”). Enquanto isso, perguntava cantando – “are you listen to me now?” (vocês conseguem me ouvir agora?).

A galera foi ao delírio. E nem lamentou muito por ela ter cantado
apenas uma música no bis, o cover de Bob Marley “No Woman no Cry”, deixando de fora outras três que estavam previstas – “Girlfriend on Demand”, “Big ol’ Game” e “Stalemate”, todas do disco novo. “I can’t sing no more” (eu não consigo mais cantar), Joss se desculpara um pouco antes, quando a turma do gargarejo puxou “The Chokin’ Kind” – que, ainda assim, ela acabou cantando. A essa altura, ninguém mais se importava se Joss Stone tinha deixado de cantar três ou quatro músicas – entre as quais a adorada “Right to be Wrong”, de Mind, Body & Soul. Desde que ela volte no ano que vem…

Oficina de Música
Ao contrário do ano passado, dessa vez Joss Stone não voltou para conversar com os fãs depois do show. Mas o trio de backing vocals (Antonia Jenea, Ellison Kendrick e Artia Lockett – valeu, Ricardo!) sim, assim como o organista Christian Lohr, que foi ao encontro do amigo Glauco Sölter. Na conversa, testemunhada pela Gazeta do Povo, Christian combinou com Glauco uma participação na próxima Oficina de Música de Curitiba, em janeiro. Será um reforço (e um prestígio) e tanto para o evento. Agora só falta viabilizar a vinda do músico, com um patrocínio que ajude a custear passagem e hospedagem.

***

Se você não pôde ir ao show da semana passada no Teatro Positivo – ou se foi e quer matar a saudade -, espia aqui o momento em que ela vai no meio da galera e sobe na poltrona, para comandar o coral em “Fell in Love With a Boy”:

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