Ingressos para o AC/DC começam a ser vendidos no dia 1º

Boêmios do rock, se vocês eram alguns dos cerca de 50 mil felizardos que estiveram na Pedreira Paulo Leminski na inesquecível noite do dia 11 de outubro de 1996, quando o AC/DC passou por Curitiba – ou se até hoje não conseguem se perdoar por não terem estado lá (como eu) –, prestem atenção: a produtora Time For Fun confirmou no fim da tarde de ontem a data para o início das vendas dos ingressos para o show da banda em São Paulo – o único da turnê Black Ice no Brasil, dia 27 de novembro, no Estádio do Morumbi. Será no dia 1º de outubro, quinta-feira que vem.

Segundo o comunicado da produtora, as vendas começam pela Internet à 00h01. Por telefone (0300-789-6846), os ingressos começam a ser comercializados a partir das 9 horas. E os outros pontos de venda espalhados pelo país abrem para o público a partir das 10 horas.

Agora os valores: os ingressos para pista vão custar R$ 250 (mesmo valor das cadeiras inferiores). As cadeiras superiores serão vendidas por R$ 300. E as arquibancadas serão assim divididas: R$ 150 o setor laranja, R$ 170 setor azul/vermelho e R$ 190 o setor vermelho especial. Veja a disposição dos setores no mapa:

A boa notícia, segundo o diagrama enviado pela Time For Fun, é a inexistência da famigerada “área VIP” – ou seja, os ingressos para a pista dão acesso até pertinho do palco de 78 metros de comprimento por 21 de profundidade.

O show, mais uma vez, será histórico. O AC/DC é uma das poucas bandas que conseguiram sobreviver por décadas a fio fazendo exatamente o mesmo som urgente e juvenil do início da carreira (os Ramones também eram assim). Sem a preocupação de “evoluir” artisticamente ou se adaptar às tendências do momento, há 36 anos a banda segue a receita infalível do rock’n’roll sem frescura, construído a partir dos riffs certeiros de Angus Young, da bateria marcada, de melodias fáceis e refrões na medida para cantar junto numa arena. Graças a essa fidelidade ao próprio estilo, o grupo australiano conseguiu a proeza de conquistar novos adeptos sem afugentar os antigos seguidores.

Turbinado pelo enorme sucesso do álbum Black Ice, o primeiro de inéditas depois de um jejum de oito anos (que vendeu 43 milhões de cópias ao redor do mundo), o show será apoteótico: 55 carretas vão transportar o equipamento da banda – uma estrutura maior que a utilizada na turnê Sticky & Sweet, da Madonna, que passou pelo Brasil no ano passado. E será um espetáculo de encher os olhos, capaz de seduzir mesmo quem não é um grande fã de Angus Young e sua turma. Para você ter uma ideia do acontecimento que será esse show, deixo como aperitivo um vídeo da abertura, que termina com uma locomotiva de seis toneladas (!) irrompendo no palco:

Que tal? E pensar que eles estiveram aqui e poderiam voltar, se a cidade voltasse a ter condições de comportar um megashow. Canalize a sua indignação e participe da campanha pela reabertura da Pedreira.

Por falar nisso, queria saber de vocês: qual o melhor show que já passou por Curitiba? AC/DC? Paul McCartney? David Bowie? Pixies? Pearl Jam? Iron Maiden? INXS? Bon Jovi? E por quê?