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Músicos sofrem com a falta de estrutura dos bares
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Salve, notívagos! Resolvi dar uma passadinha aqui para discutir com vocês um problema sério e recorrente na noite curitibana, mas que quase nunca é abordado com seriedade: a falta de estrutura dos bares e casas noturnas, no que diz respeito às atrações musicais. Falo por experiência própria – toco praticamente todos os finais de semana com a Banda DeLorean – e também com base nas inúmeras queixas que ouço de outros músicos. A esmagadora maioria dos estabelecimentos que oferecem música ao vivo em Curitiba não tem uma estrutura adequada para os músicos – o que muitas vezes acaba comprometendo a performance, “queimando a cara” das bandas diante do público.

Os problemas são muitos: vão de palcos minúsculos e abafados a equipamentos de som (mesas, P.A.s, monitores, microfones e cabos) de péssima qualidade, passando por deficiências estruturais, acústicas e do próprio layout das casas (pistas de dança e mesas mal posicionadas, por exemplo), além de falhas na segurança (tanto para evitar brigas como para impedir que as pessoas deixem copos e garrafas sobre o palco ou os amplificadores).

Arquivo pessoal
Olha a situação da Jordana Soletti, da banda DeLorean, no minúsculo palco do Mondo Birre.

A impressão que se tem é que as condições de trabalho dos músicos não têm importância para os proprietários das casas que oferecem a música como a principal atração. Eles não pensam duas vezes antes de investir em reformas para ampliar a capacidade (e o faturamento), ou dar mais conforto ao público – mas os profissionais que atraem e entretêm esse público não merecem a mesma atenção.

Por isso mesmo, os poucos bares que têm esse cuidado merecem ser reconhecidos – e nominados: Yankee (a mesa e os equipamentos são antigos, mas o palco é excelente); Crossroads (é o inverso: o palco é pequeno, mas os equipamentos são novos e de muito boa qualidade); Wood’s Bar (nunca toquei lá – e nem pretendo –, mas o palco é bom, com boa estrutura); Hold’em Country (idem, ibidem); Jokers (palco bom, com equipamento razoável); Sheridan’s (palco e som adequados ao tamanho do bar, mas mal posicionado); James (melhorou depois da reforma); John Bull (também nunca toquei lá, mas a estrutura parece apropriada); Aos Democratas (bom palco, com excelente visibilidade e aparelhagem eficiente); Matriz & Filial (palco proporcional à proposta do bar, e bem equipado); Curitiba Master Hall (o maior – e melhor – palco de Curitiba), e não passa muito disso… ou seja, não é nada fácil trabalhar com música em Curitiba.

E vocês, o que acham da estrutura oferecida aos músicos nos bares da capital? E do som para o público? Quem souber de outras casas que se preocupam com o bem-estar da categoria, favor relacioná-las aqui embaixo, nos comentários.

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