Noite sem lei

Salve, notívagos! Estava matutando sobre o que escrever – principalmente porque o horripilante acidente envolvendo o deputado Fernando Ribas Carli Filho (PSB) e seus desdobramentos me deixaram sem palavras –, quando me dei conta de que a tragédia que matou Gilmar Rafael Yared e Carlos Almeida na semana passada parece ser mais um fruto amargo da autoafirmação debilóide e da certeza da impunidade, que reinam soberanas na noite de Curitiba (à enésima potência entre alguns dos filhos de famílias influentes da cidade).

A noite na capital parece não ter lei. De infrações menores, como os patetas que abusam dos trios elétricos portáteis nos porta-malas ou se divertem queimando pneus nas saídas das baladas, a crimes como rachas, homicídios e tráfico de drogas, parece que um dos esportes favoritos de muitos boêmios é a delinquência.

No trânsito então, é uma terra de ninguém: canso de ver rachas e disputas automobilísticas, condutores alcoolizados, filas duplas, motoristas e motociclistas rompendo cruzamentos à toda com uma “buzinadinha” às 3 da madruga, sinais vermelhos virarem peças de decoração, preferenciais serem sistematicamente ignoradas e o resultado disso tudo: muitos acidentes.

Com menos trânsito e quase nenhuma fiscalização, as ruas e avenidas ficam à mercê de imbecis (playboys ou não) cuja masculinidade depende de quem chega primeiro à próxima esquina. Velozes, furiosos e idiotas. O acidente com o deputado foi apenas mais um entre muitos casos. E exatamente por isso, se for comprovada a sua responsabilidade, ele deve sofrer as mesmas consequências de qualquer criminoso do trânsito – com ou sem foro privilegiado. Quanto a nós, resta torcer para não cruzar o caminho deles…

E vocês, quais as piores barbaridades que vocês testemunharam nas madrugadas?