Distintos notívagos, escrevo durante a modorrenta partida Inglaterra 0 x 0 Argélia, pela segunda rodada do grupo C da Copa do Mundo, para lembrá-los da próxima edição do Papo Universitário – marcada para quarta-feira, dia 23, a partir das 19h30, no Teatro Paiol. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. O tema desta edição vem bem a calhar, nesta época de sinfonia de vuvuzelas: “O Impacto da Copa na Vida de Todos”.
Com a ajuda de três convidados – o especialista em treinamento desportivo Antônio Carlos Gomes, o advogado, radialista e colunista da Gazeta do Povo Antônio Carlos Carneiro Neto e o ex-jogador de futebol e consultor Paulo Rink -, vamos discutir a relação dos brasileiros com o torneio da Fifa.
Por exemplo, o curioso surto de patriotismo que nos acomete a cada quatro anos – e só durante a Copa. Por que não batemos no peito e não nos enrolamos na bandeira do Brasil para cobrar ética e competência dos nossos governantes? Por que não encaramos as eleições com a mesma seriedade e senso crítico com que acompanhamos a Seleção Brasileira nos gramados da África do Sul?
Não me levem a mal, não sou um desses chatos intelectualoides que adoram empinar o nariz e falar mal do maior evento esportivo do planeta. Adoro futebol, sou apaixonado por Copa do Mundo e assisto a todos os jogos possíveis. E como bom brasileiro, fico excitadíssimo nos dias dos jogos do Brasil. Visto verde e amarelo, sopro corneta, sofro e xingo muito a tevê – e também adoro assistir às partidas em botecos (acesse e participe do mapa interativo dos locais para ver os jogos) ou em churrascos e reuniões na casa dos amigos.
Só acho que a gente podia aprender um pouco com os norte-americanos – que demonstram diariamente o amor à pátria e à bandeira – ou mesmo com os nossos vizinhos argentinos, que com frequência desfraldam suas bandeirinhas alvicelestes e vão bater panelas na frente da Casa Rosada, quando alguma coisa não vai bem por lá.
Em outras palavras: sim, devemos ter orgulho e expressar o nosso apoio aos representantes do país na Copa do Mundo. Afinal, o futebol – e, mais recentemente, o vôlei – é a única área em que o Brasil é uma superpotência, temida e respeitada. Mas devíamos estender essa identificação e comprometimento (para usar a palavra preferida do Dunga) ao país como um todo. Porque não podemos atrelar a nossa autoestima à Copa do Mundo, e passar o resto do tempo com complexo de vira-latas…
E vocês, de que maneira a Copa do Mundo afeta as suas vidas?
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