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Ganha um doce (doce mesmo, não “doce”) quem citar pelo menos três casas noturnas curitibanas com mais de 10 anos. Eu pelo menos só me lembro do Café Curaçao (Rua Senador Xavier da Silva, 210), que completa 14 anos este ano, e do John Bull Pub (Rua Mateus Leme, 2.204), com 24 primaveras.

Em geral, o prazo de validade de bares e casas noturnas em Curitiba dura, estourando, 5 anos. Tanto que o Morro do Batel (Rua Bispo Dom José, 2.459) – casa especializada em samba e pagode construída no endereço outrora usado por Marocco Lounge Bar e Bar Brasil – resolveu tirar uma onda: assim que abriu, em fevereiro deste ano, passou a informar aos clientes por meio de uma contagem regressiva quantos dias faltam para que feche as portas – 730, que vencem em fevereiro de 2009.

Estabelecimentos de música eletrônica, então, costumam ter uma trajetória meteórica: bombam enquanto são novidade, e depois só com muito choro e ranger de dentes atingem o quinto ano de vida. Discorda? Quantos anos durou a Muzik – tida como a melhor balada da cidade alguns anos atrás? E a Zoe? E o Jive Amatulah? E o Legends? E a Appaloosa (aquela que ficava na Coronel Dulcídio, onde já foi o Ciccarino)? O mesmo com endereços de pop/rock e MPB, como o Boobalai ou o próprio Bar Brasil.

Claro que todo mundo gosta de novidade, e é natural que um bar recém-aberto atraia mais público inicialmente do que as casas já conhecidas. Mas a infidelidade noturna por aqui parece ser maior e mais profunda. Os baladeiros, que até a semana passada juravam lealdade a um determinado empreendimento, não hesitam um segundo em trocá-lo por uma balada nova, sem a menor cerimônia.

Por que isso acontece??? Qual a razão dessa ausência absoluta de vínculo afetivo com os botecos da cidade? E o que um bar precisaria ter para ganhar o seu amor eterno?

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