Saudações, meus notívagos de estimação! Estou de volta, com a intenção de retomar o leme deste nosso território noturno. E venho curioso para saber a opinião de vocês a respeito deste assunto palpitante: ao que tudo indica, o pagode está voltando.
Não o pagode “raiz”, oriundo das reuniões de músicos no bloco carioca Cacique de Ramos, que deu origem ao Fundo de Quintal e a sambistas como Jorge Aragão, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, entre outros. Este na verdade nunca “foi”, e continua mais vivo do que nunca inclusive aqui em Curitiba, nas casas dedicadas ao estilo, como o Aos Democratas, Acadêmicos do Salgueiro, Matriz & Filial e Bar Curityba, entre outros.
O que está voltando é o pagode pop, aquele que foi febre nos anos 90, de grupos como Raça Negra, Só Pra Contrariar, Exaltasamba, Negritude Júnior, Molejo, Art Popular, Karametade, Katinguelê etc. Duvida? Então leia o G Ideias do último sábado, no qual eu e o bravo repórter do Caderno G, Rafael Costa, analisamos o fenômeno. Ficou com preguiça de ler o texto inteiro? Aqui vão cinco “pistas” da ressurreição deste subgênero do samba:
1) Os grupos de pagode já estão disputando espaço com os artistas sertanejos nas grandes festas e eventos – caso da Festa TDB, da 98 FM, que no próximo dia 16 terá Exaltasamba, Sorriso Maroto e Pixote dividindo o palco do Expotrade Pinhais com Maria Cecília & Rodolgo, Bruno & Marrone e Alvaro & Daniel, entre outros.
2) A agenda dos pagodeiros está cada vez mais cheia: só o Exaltasamba, que está no meio da turnê de 25 anos de carreira, vai fazer 23 shows em outubro, no quatro cantos do país. O Sorriso Maroto vai se apresentar 18 vezes no mesmo período.
3) Não sei se você já reparou, mas eles estão aparecendo mais na televisão: um dia é o Exaltasamba no Faustão, no outro os Inimigos da HP na TV Xuxa, num terceiro é o Sorriso Maroto no Tudo é Possível, e assim por diante.
4) As gravadoras voltaram a se interessar pelo estilo. Este ano a Som Livre lançou a coletânea Pagode Saudade, reunindo 14 sucessos de grupos como Raça Negra, Negritude Júnior, Razão Brasileira, Os Morenos, Molejo, Ginga Pura e Art Popular, e teve excelente resposta nas rádios, tevês e redes sociais.
5) Os empresários da noite já farejaram a tendência, e planejam investir neste filão. Um exemplo é o Grupo Wood’s – proprietário de baladas sertanejas em Curitiba, Balneário Camboriú, Foz do Iguaçu, Cascavel e São Paulo –, que se associou ao ex-vocalista do Exaltasamba, Thiaguinho, para montar uma casa de pagode sofisticada, com foco na classe AB. A primeira unidade da WS Brazil será inaugurada em breve em Curitiba. Detalhe: esses empresários avisam que o pagode que vai tocar na casa não é aquele “chorão”, com musiquinhas açucaradas, mas uma evolução do estilo, que ficou mais próxima do sertanejo: letras irreverentes, falando de festa, mulheres e zoação.
Ou seja, por essas pistas é possível prever que o pagode tem tudo para suceder o sertanejo no coração dos baladeiros. E você, está preparado(a) para a volta do pagode?
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