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Advogado pede ao STF direito de vaquinha virtual para candidatos sem partido

Fachada do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Julgamento sobre constitucionalidade de candidaturas avulsas deve ser retomado em 2018 (Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF) (Foto: )

Autor da ação que discute a liberação de candidaturas avulsas no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Rodrigo Mezzomo pediu à Corte o direito de que candidatos sem partido também arrecadem dinheiro por meio das “vaquinhas virtuais”. A captação de recursos via financiamento coletivo online — a chamada “vaquinha virtual” — por pré-candidatos filiados começou na última terça-feira (15).

Mezzomo argumenta que, se a legislação eleitoral prevê candidaturas “sub judice” (ainda sob análise da Justiça), deve também permitir, por extensão, que candidatos “sub judice” arrecadem dinheiro, como os demais. O pedido de autorização (PDF) foi encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação.

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“Se a legislação prevê a possibilidade de alguém concorrer mesmo sem registro no TSE [Tribunal Superior Eleitoral], obviamente que o financiamento coletivo deve ser autorizado. É um princípio lógico”, afirma. “Se, ao final do processo, o Supremo não conceder a candidatura avulsa, devolve-se o dinheiro.”

Em outubro de 2017, os ministros do STF definiram que a decisão sobre a liberação das candidaturas avulsas, pleiteada por Mezzomo, valerá para todas as ações judiciais que tramitam sobre o tema. O julgamento ainda não tem data para ser retomado.

Em janeiro deste ano, o Ministério Público Eleitoral pediu que o TSE garanta que as urnas eletrônicas estejam programadas para receber candidaturas sem partido — considerando que a decisão do Supremo pode valer nas próximas eleições.

A medida foi defendida pela Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em parecer enviado ao STF. Assim como Mezzomo, Dodge considera que a candidatura avulsa está prevista no Pacto de São José da Costa Rica, assinado pelo Brasil em 1992, e que não há proibição constitucional sobre o tema.

A discussão entrou na pauta do Supremo depois que Mezzomo teve sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro barrada, em 2016, e resolveu recorrer à Corte máxima. Nas eleições deste ano, o advogado afirma que pretende concorrer à Presidência da República.

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