O Ministro das Cidades, Alexandre Baldy, publicou artigo na edição de terça-feira (5) da Folha de S. Paulo em que afirma que o saneamento será uma de suas prioridades no cargo, no qual está desde 22 de janeiro. Baldy citou dados alarmantes sobre o setor, como o de que 34% dos brasileiros moram em residências sem sistema de esgoto, e disse que buscará fazer um trabalho que dure “por 30 anos”.
Ao elencar o saneamento como uma de suas prioridades para a gestão, Baldy repete o discurso de outras lideranças políticas no Brasil, que não conseguiram reverter o quadro.
Por exemplo, em 2013 o governo de Dilma Rousseff lançou a meta de universalizar o saneamento no país até 2033. Para tanto, anunciou investimentos da ordem de R$ 330 bilhões. Na prática, pouco foi efetuado – e, segundo estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o volume de investimentos permitiria a universalização somente em 2054. Cabe destacar que o primeiro ministro das cidades da gestão Temer, Bruno Araújo (PSDB), afirmou publicamente que Dilma e sua equipe não deixaram caixa para a área. Segundo o então ministro, o governo petista empenhou R$ 17,47 bilhões para o saneamento, mas apenas R$ 440 estavam disponíveis.
Trazer a iniciativa privada para a área tem sido uma iniciativa do governo de Michel Temer para mudar o quadro, mas não há muito sucesso até o momento. Apenas 10% do investido em estrutura pela iniciativa privada entre 2007 e 2014 teve o saneamento como destino, segundo informações de reportagem do G1. Empresários destacam que falta “vontade política” para o alcance da meta.
O ministro Baldy está há pouco tempo no cargo. Ele chegou ao Ministério em 22 de novembro, substituindo Bruno Araújo, que saiu por conta das indefinições sobre o apoio de seu partido a Michel Temer.
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