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Num ano em que se discutiu a alteração do lema nacional para “Amor, Ordem e Progresso”, outras instituições brasileiras – os nossos partidos políticos – também resolveram dar uma repaginada no visual e aparecer com uma nova alcunha.

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Primeiro foi o PTN, que em julho confirmou a mudança do seu nome para Podemos. O Partido Trabalhista Nacional, que por muito tempo usou a vassourinha do Jânio como símbolo, resolveu mudar pegou como inspiração o nome de um partido de esquerda da Espanha, o Podemos, algo que até gerou críticas do homônimo espanhol. O pessoal do PTN – ou Podemos – jura que não se trata só de uma mudança de nome, mas de ‘um novo jeito de fazer política’. “Não é só uma alteração de nome, mas sim uma alteração da forma de encarar o momento político que estamos vivendo”, disse o deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos-DF) ainda no ano passado, quando a modificação tramitava nos tribunais.

Por enquanto essa mudança está dando certo ao Podemos: o partido filiou gente de peso como o senador tetracampeão Romário (RJ) e vai ter candidato a presidente em 2018: o senador Alvaro Dias (PR).

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Outro partido que confirmou a mudança de nome esse ano foi o PTdoB, que agora se chama Avante. A mudança, além da necessidade geral de apresentar uma “cara nova” ao eleitorado, também busca desvincular a legenda do PCdoB e do PT, siglas com as quais era confundida pela similaridade na pronúncia. O novo Avante continua pequeno, assim como era o PTdoB. Tem seis deputados federais na Câmara: entre eles, Silvio Costa (PE) e Waldir Maranhão (MA).

Pediu, mas não confirmou
Uma legenda chegou a apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a formalização de seu pedido para a mudança de nome, mas a confirmação da alteração não depende apenas da questão jurídica, e sim de meandros políticos. Trata-se do Partido Ecológico Nacional (PEN), que, inspirado pela possível filiação do deputado federal e pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (RJ), pediu para ser chamado de Patriota.

A questão é que a antes certa chegada de Bolsonaro transformou-se, hoje, em um mar de indefinições – conflitos entre o parlamentar e o presidente da legenda, Adilson Barroso, deixaram a situação em status de indefinição e hoje é possível até que Bolsonaro dispute a presidência por outro partido.

Cabe lembrar que o PEN poderia ter mudado de nome ainda em 2013. Quando a ex-senadora Marina Silva estava com dificuldades para formalizar o seu partido, a Rede, a tempo de disputar as eleições de 2014, Adilson Barroso ofereceu formalmente o partido para a então pré-candidata, e disse que toparia até a mudança de nome. Marina recusou a oferta e ingressou no PSB, onde inicialmente participou da disputa como vice de Eduardo Campos, depois assumindo a cabeça de chapa.

Mas a grande mudança mesmo de nome de partido deste ano de 2017 foi a última de todas, que aconteceu nesse mês de dezembro. O PMDB excluiu o P do nome e voltou a se chamar MDB, como era à época de sua fundação, durante o regime militar brasileiro. A explicação dos caciques da legenda é que o novo MDB quer ser mais do que um partido, e sim um “movimento político” para ganhar as ruas.

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Além desses, há outros partidos que ao longo de 2017 pediram para mudar de nome, ou que discutiram a alteração. O PSDC, do eterno José Maria Eymael, quer ser chamado apenas de Democracia Cristã. O Democratas, antigo PFL, debate opções como Centro Democrático ou Mude, mas a modificação não é muito consenso dentro do partido. O PP estuda mudar para Progressistas. E tem também o PSL, que abriga o movimento Livres, que cresceu a ponto de poder se tornar também o nome do próprio partido.