O Orçamento da União aprovado na quarta-feira (13) é marcado por um otimismo que não corresponde à realidade – mesmo apontando um deficit de R$ 157 bilhões nas contas públicas em 2018. A opinião é do economista Newton Marques, professor da Universidade de Brasília (UnB). Em entrevista ao blog A Protagonista, Marques disse que as projeções apresentadas pelo governo na peça dificilmente serão cumpridas.
Marques faz referência especialmente à expectativa de crescimento do PIB, estimada, no Orçamento, para 2,5%. “Acho que isso é um otimismo. Do jeito que a recuperação da economia está lenta, é muito difícil conseguir. Mas se você não mostrar um crescimento superestimado, como é que você vai aumentar receita? Isso faz parte do exercício numérico”, declarou.
O professor também contestou outra projeção indicada no Orçamento, a do salário mínimo em R$ 965. O valor foi indicado no Orçamento mas ainda precisa ser referendado por lei. Marques lembrou que as leis brasileiras para o salário mínimo, que determinam o reajuste anual, foram elaboradas “quando o país estava em outra conjuntura”, e que podem colaborar para uma lenta recuperação dos empregos.
O economista contestou também o fundo para as campanhas eleitorais, que foi definido em R$ 1,7 bilhão. “Se vai para isso [partidos], vai ter que sair de outro lugar. É assim que o orçamento funciona, não tem outra saída”, declarou.
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