O Podemos e a pré-candidatura presidencial do senador Alvaro Dias (PR) estão precisando apagar um pequeno incêndio que foi registrado dentro da legenda essa semana. Tudo começou quando Dias teria dito que o deputado Marco Feliciano (SP) seria expulso do Podemos caso apoiasse Jair Bolsonaro (PSL) na eleição para presidente da República. A informação foi divulgada pelo site da revista Veja.
Em resposta ao caso, a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), chamou nesta sexta-feira (18) o episódio de “especulação” e “interpretação errada”.
“Na verdade, a jornalista [de Veja] perguntou se algum membro do Podemos apoiar outro candidato a presidente, incorreria em infidelidade partidária. E se infidelidade partidária gera expulsão. E o Alvaro respondeu que sim. Aí ela perguntou: e o Marco Feliciano que declarou apoio ao Bolsonaro? E o Alvaro respondeu o seguinte: desde que o Marco Feliciano entrou no Podemos, desde aquele dia, não houve mais manifestação dele a respeito do apoio ao Bolsonaro”, apontou.
A conexão entre Feliciano e Bolsonaro foi sugerida porque ambos são expoentes do segmento conservador brasileiro. Além disso, estiveram no mesmo partido, o PSC, por muito tempo. Mas recentemente os parlamentares seguiram rumos distintos: Bolsonaro migrou para o PSL, partido que deu a ele a vaga de candidato a presidente, e o Feliciano para o Podemos – em que chegou até a ser cogitado para ser o candidato a vice na chapa de Alvaro Dias.
Procurado pelo blog A Protagonista, Feliciano disse que não queria se pronunciar sobre o assunto. Ele também falou que se considera isento, atualmente, em relação à disputa presidencial.
Do outro lado da história, Bolsonaro aproveitou a ocasião para fazer um afago a Feliciano. Em um vídeo que gravou para o portal Notícias Gospel, disse que considera o Feliciano um “anjo parlamentar” e disse que, se eleito presidente, vai precisar de apoio de representantes de diversos partidos.
Já um dos principais apoiadores de Bolsonaro no Congresso, o deputado Major Olímpio (PSL-SP), disse que todos os membros atuais do PSL precisam dar “apoio total” a Bolsonaro e afirmou que “se algum candidato quiser apoiar, seja Alvaro Dias ou alguém de outro partido, antes até de expulsar, eu internaria num hospício”.
A pré-candidatura de Jair Bolsonaro tem atraído, até o momento, um bom número de apoiadores de outros partidos. No DEM, partido que lançou a pré-candidatura presidencial de Rodrigo Maia, ao menos dois deputados federais são abertamente eleitores de Bolsonaro: Alberto Fraga (DF) e Onyx Lorenzoni (RS). Já o PSD, que deve apoiar Geraldo Alckmin, tem em suas fileiras o também “bolsonarista” Eder Mauro (PA).
E o PR, partido que ainda não definiu sua posição para a corrida presidencial, tem aliados notórios de Bolsonaro que vão estar com ele ainda que a direção nacional tome outro rumo, como o deputado Capitão Augusto (SP) e o senador Magno Malta (ES).
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