O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a pesquisa eleitoral Datafolha questionada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato ao Planalto, não o prejudicava. Em janeiro, Bolsonaro tentou barrar a divulgação da pesquisa sob argumento de que as perguntas feitas aos eleitores eram “tendenciosas”, o difamavam e favoreciam o ex-presidente Lula (PT).
O pedido foi negado pelo ministro Sergio Banhos, mas a defesa de Bolsonaro recorreu da decisão. Nessa quinta-feira (17), os ministros validaram a pesquisa em decisão unânime.
Bolsonaro contestava a pergunta 19 do questionário: “Você tomou conhecimento sobre denúncias envolvendo o aumento do patrimônio da família do deputado Jair Bolsonaro desde o início da sua carreira política?”. Para a defesa, a pergunta insinuava que o deputado se enriquecera de forma imoral e ilícita, aumentando a rejeição do eleitor a seu nome.
LEIA MAIS: Com candidatos em comício, TSE diz que vai criar critérios objetivos sobre pedido de votos
Em seu voto, Banhos argumentou que a palavra “denúncias” é amplamente usada pela sociedade e havia sido empregada na pergunta de forma coloquial e genérica, e não em sentido jurídico. O ministro defendeu ainda que apenas uma das questões mencionava Bolsonaro e que o uso da palavra “denúncias”, no plural, não seria capaz de prejudicar o pré-candidato.
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho seguiu o entendimento da maioria, mas ressalvou que há perguntas “venenosas”, que são formuladas com a inserção de outras informações. “A palavra denúncia, na minha opinião, nunca é neutra. Está claro que na palavra [denúncias] há a expressão ilícito. Eu sinto um venenozinho em muitas perguntas feitas em pesquisas. A pergunta que se faz em uma pesquisa pode, subliminarmente, ministrar uma informação desfavorável [a alguém]”, afirmou.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF