Um ano atrás vivíamos todos nós uma comoção que se alastrou pelo mundo. Jornalistas chorávamos também os colegas que se foram repentinamente na tragédia com o avião da Chapecoense. Vivemos nossas dores entre lágrimas e uma hashtag mundial #ForçaChape.
O Brasil chorava como se o Davi que venceria Golias tivesse sido derrubado com aquele avião – era o caçula do futebol, o menino que atraía a atenção do mundo inteiro.
Naquela data era impossível não se comover com a tragédia, com os sonhos todos que morriam ali. Hoje faz um ano. As homenagens voltam a povoar o nosso dia para lembrar que ainda não há desfecho.
Até hoje quem sobreviveu toca o dia-a-dia sem uma explicação e as famílias das vítimas esperam que vários detalhes nebulosos sejam esclarecidos. A história do avião e de por que aquele avião e daquela empresa dorme em berço esplêndido há um ano.
Hoje, um jornal da bolívia publicou uma série de conversas telefônicas dando a entender que o verdadeiro dono da aeronave é um Venezuelano – um terceiro país teria de entrar nas investigações.
A Bolívia responsabilizou 4 pessoas pelo acidente: o dono da companhia aérea e o filho dele foram presos. O diretor de operações está foragido. A funcionária da aeronáutica que autorizou o voo fugiu para o Brasil e renovou o pedido de refúgio segunda-feira. Sobram questões a serem respondidas.
É mais um caso em que vítimas e famílias, se quiserem seguir com suas vidas, precisarão colocar uma pedra em cima e simplesmente caminhar. O Brasil não apura, não responsabiliza, não tem coragem de passar a limpo os erros que levam às tragédias – por isso, elas se repetem.
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