A ideia de que bastaria ao ex-ministro Joaquim Barbosa dizer sim para ser escolhido o candidato do PSB à Presidência da República já não parece mais tão sólida. Vice-presidente de Relações Institucionais do partido e candidato a vice-presidente em 2014, o ex-deputado Beto Albuquerque diz que a legenda “precisa conhecer o pensamento de Joaquim Barbosa” antes de defini-lo como candidato.
“Candidatura a presidente não é cheque em branco. Não se pode dar cheque em branco a um candidato a presidente da República que vai representar um partido com mais de 70 anos de história. Acho que tem que ter esse vínculo, essa trajetória e, acima de tudo, compromisso com o nosso programa de governo”, afirmou Albuquerque.
O ex-deputado também apresentou seu nome para a sucessão de Michel Temer. Além dele, a sigla conta ainda com o ex-ministro Aldo Rebelo, que filiou-se ao PSB no ano passado também com expectativas de participar da disputa presidencial. A candidatura de Joaquim Barbosa é defendida por nomes como o do líder do PSB na Câmara, deputado federal Júlio Delgado (MG).
“O debate envolvendo Joaquim Barbosa é desnecessário, porque ele segue sem estar filiado no partido”, apontou Albuquerque. Embora faça elogios ao ex-ministro – “ele seria muito bem-vindo ao PSB, até por conta da experiência que teve no Judiciário” – o vice do partido diz que “para nós o Joaquim ainda não existe. Hoje em dia, ele está advogando”.
Candidatura própria
O PSB tem sido cortejado tanto por PSDB quanto por PT para a disputa presidencial de 2018. Do lado tucano, a expectativa é amarrar o PSB ao projeto nacional de Geraldo Alckmin, dando como moeda de troca a aliança com Márcio França (PSB) na disputa pelo governo paulista. Já no campo petista a ideia é explorar a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva principalmente no Nordeste, onde o PSB tem dois goveradores, Paulo Câmara (PE) e Ricardo Coutinho (PB).
Mas Albuquerque diz que o PSB “precisa dar sequência ao protagonismo que Eduardo Campos conquistou em 2014”. Naquele ano, o então governador de Pernambuco apresentou a candidatura ao Planalto tendo como vice a ex-senadora Marina Silva, que se filiou provisoriamente à legenda pela impossibilidade de disputar a eleição com a Rede. Após a morte de Campos, Marina passou a encabeçar a chapa do PSB e Albuquerque, que disputaria o Senado pelo Rio Grande do Sul, foi indicado candidato a vice. Marina e Albuquerque ficaram em terceiro lugar na ocasião, com cerca de 22 milhões de votos.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF