Pouco importa o que foi dito aos microfones, o semblante sorridente do ex-presidente, a maestria única em dominar a plateia e fazer discursos que hipnotizam mesmo nos piores momentos, a firmeza de Gleisi Hoffmann ao conduzir o evento, a presença da ex-presidente Dilma Rousseff, o empenho dos poucos líderes petistas, a fidelidade dos líderes da CUT que ali permaneceram.
As cadeiras vazias num auditório antes lotado com facilidade, o carro de som que não foi usado porque a militância não apareceu, a ausência de lideranças importantes do PT – que, a rigor não tinham o dever de estar mas, quando a situação lhes beneficiava, não perdiam uma oportunidade de papagaio de pirata de Lula – e até as palmas sem empolgação, quase obrigadas, mostravam que as mudanças aconteceram e não foram percebidas a tempo.
No vídeo, a comparação do Luláááá, Luláááá de 2002, na avenida Paulista, na festa da vitória, que eu presenciei – absolutamente espontâneo, interminável, emocionado, cantado por gente que acreditava – com o do lançamento de candidatura de 2018. Confira: