A sapateira Vera Lúcia, moradora de Sergipe, vai disputar as eleições presidenciais neste ano. Mas não tem muitas expectativas para o pleito: “as eleições não resolvem a vida e os problemas da classe trabalhadora. Nós aproveitamos esse momento para dizer aos trabalhadores que eles precisam ter uma luta direta organizada para terem suas necessidades atendidas”.
Vera é integrante do PSTU e concedeu entrevista exclusiva à jornalista Madeleine Lacsko no programa A Protagonista (confira abaixo), que tem recebido os pré-candidatos à sucessão de Michel Temer. Na conversa, ela não poupou críticas ao PT – do qual foi expulsa em 1992 – ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também ao PSOL (“que está se degradando ainda com mais velocidade do que o PT”).
Sobre uma eventual prisão de Lula, Vera disse que o PSTU não se coloca na defesa do ex-presidente, como têm feito siglas colocadas no campo da esquerda como PSOL e PCO. “Os destinos de lula não interessam à nossa classe. Ele deve ser julgado, e tem muitos advogados bem pagos, coisas que a classe trabalhadora não tem”, apontou.
Uma das propostas que Vera e o PSTU apresentarão na disputa desse ano é a aplicação de duras penas aos envolvidos em corrupção, tanto os políticos quanto as empresas corruptoras. “Defendemos que as empresas sejam estatizadas e com recursos colocados à disposição dos trabalhadores. Já os corruptos devem ir para a cadeia com seus bens confiscados”, destacou.
Internacional
Vera explica que o PSTU não acredita em um socialismo vigente em um único país. Cuba e Venezuela, que se proclamam como socialistas – e são apontados por críticos do socialismo como exemplos da falibilidade do modelo – são definidos como aberrações pela pré-candidata.
“Discordamos de cuba como país socialista. Cuba não é uma democracia, não é socialismo.Pode haver um caráter social, mas o estado é autoritário”, alegou. Em relação ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, o juízo é ainda mais duro: “é autoritário. Massacra, reprime, explora como qualquer outro governo que condenamos”, declarou.
Mas é ao sistema capitalista que se dirigem as principais críticas de Vera Lúcia. A crise global de refugiados, segundo ela, é a prova de que o modelo “não resolve os problemas da humanidade”.
“Hoje, são produzidos mais alimentos do que o necessário para matar a fome da população mundial. E por que isso não ocorre? Por que o capitalismo sempre privilegia o lucro”, apontou.
No horário eleitoral de 2018, Vera Lúcia e o PSTU terão apenas três segundos no horário eleitoral. Será a primeira ocasião em que o partido disputará a presidência com um nome que não o do seu maior líder nacional, José Maria.
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