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As decisões do Poder Judiciário dessa semana e as previstas para os próximos dias levaram grupos políticos contrários e favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a agendarem manifestações públicas que pretendem, cada uma a seu lado, colocar pressão no Poder Judiciário.

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Do lado anti-Lula, os grupos preparam uma série de protestos públicos. O primeiro será realizado na segunda-feira (26), em Porto Alegre – em frente ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região, que no mesmo dia estará julgando um recurso apresentado pelo ex-presidente. No dia 31, outro ato, distribuído em diversas cidades do país. Já no dia 3 de abril, véspera do julgamento do habeas corpus de Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), os movimentos estão convocando o que chamam de “Mega Manifestação”, que terá como mote a frase “Ou você vai, ou ele volta”. Por fim, no dia 4, um ato em Brasília, em frente ao STF.

As manifestações reunirão diversos grupos que se destacaram à época das mobilizações que pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Nas Ruas. “A gente acredita que o STF deveria ser um órgão mais técnico e menos político. Mas ontem [dia em que o tribunal determinou que Lula não pode ser preso até a avaliação do seu habeas corpus] ele se mostrou bastante político, e eu acho que ele pode estar, sim, diante disso e diante de se mostrar um órgão não-constitucional e não ligado à justiça, e sim ligado a pressões externas, acho que ele pode reagir a uma pressão popular”, disse Carla Zambelli, coordenadora do Nas Ruas.

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Já no campo simpático ao ex-presidente, o ato confirmado até o momento também está previsto para o próprio dia 26. Será em São Paulo, em frente à sede da Justiça Federal, que fica na Avenida Paulista. A manifestação está sendo convocada pela Frente Popular, grupo que reúne membros de diferentes organizações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

O Partido da Causa Operária também estará presente. “A única maneira de garantir os plenos direitos políticos do Lula e também evitar todo o retrocesso, como o que se está colocando no Rio de Janeiro, é através da mobilização popular”, explicou Antonio Carlos Silva, da direção nacional do PCO.