A imagem do Senado ficou um pouco arranhada após a Câmara aprovar, na quarta-feira (23), o projeto de lei que retira impostos do óleo diesel – e os senadores não darem continuidade no processo porque grande parte dos parlamentares já havia deixado Brasília. Após convocar uma reunião de emergência para a noite de quinta-feira (24), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nessa sexta-feira (25) que está “de plantão” para tentar contribuir para o fim da crise dos caminhoneiros.
O parlamentar, no entanto, provocou o governo federal: “mas nós [Senado] não temos legitimidade para iniciativa de mudança de preços de combustíveis”. Eunício e a cúpula do PMDB entraram em atrito no início da semana, após o senador dizer que não apoia a pré-candidatura presidencial do ex-ministro Henrique Meirelles.
Eunício disse que irá colocar em votação um projeto de lei que regula o preço mínimo do frete, reivindicação antiga dos caminhoneiros, e também que o Senado vai debater a proposta aprovada pela Câmara, a da redução de impostos. O projeto empacou também por um impasse sobre os custos da desoneração, que foram estimados inicialmente pela Câmara em R$ 3 bilhões, e contestados pelo governo – que identificou que o prejuízo seria de R$ 14 bilhões.
Senadores que conversaram com o blog A Protagonista mostraram certo ceticismo em relação ao potencial do Congresso em contribuir para o fim da crise. “O Senado pode contribuir e muito. Agora, é necessário que o governo tome para si a responsabilidade de solução para essa greve. E está sem força para isso”, disse Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
“O Congresso não tem como sair na frente nesse assunto. Ele tem que respaldar algo que vem e que possa ser feito em votação em plenário”, acrescentou Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Em discurso na tribuna, Hélio José (PROS-DF) atacou o governo, ao dizer que a politica de preços implantada pela gestão de Michel Temer privilegia “meia dúzia de acionistas miliardários”. Já Ana Amélia (PP-RS) pediu mais diálogo entre o Planalto e os caminhoneiros.
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