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Fernando Haddad em coletiva com governadores do Nordeste, a presidente do PT Gleisi Hoffmann e o novo coordenador de campanha Jaques Wagner
Fernando Haddad em coletiva com governadores do Nordeste, a presidente do PT Gleisi Hoffmann e o novo coordenador de campanha Jaques Wagner| Foto:

Os olhos dos candidatos à Presidência da República devem estar atentos ao Nordeste brasileiro no segundo turno das eleições deste ano. Essa foi a única região do País em que o petista Fernando Haddad venceu e, por isso, alvo de discurso de ódio por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL).

A questão é: com o fim do primeiro turno, Jair Bolsonaro em sua primeira atuação na TV, em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, abriu sua fala agradecendo a votação expressiva, mesmo tendo perdido por lá. É um ato importante para alavancar mais votos naquela localidade.

“Nunca um candidato de oposição ao PT teve uma votação tão expressiva como eu tive lá”, recorda Bolsonaro.

O melhor desempenho do capitão foi em Alagoas, com 34,4% dos votos. O único ponto fora da curva no Nordeste foi no Ceará, onde a hegemonia de Ciro Gomes domina e ambos candidatos estão de olho nessa importante fatia – que tende a cair no colo de Haddad.

Por sinal, do lado petista, a importância do Nordeste também é mantida. Nesta terça-feira, Haddad se reuniu com governadores de sua legenda reeleitos na região. O candidato à Presidência se reuniu com Camilo Santana (PT-CE), Wellington Dias (PT-PI), Rui Costa (PT-BA) e Flávio Dino, do PCdoB, que integra a coligação, reeleito no Maranhão.

Para reforçar a campanha, sobretudo em assuntos políticos internos, Haddad contará com outro nordestino: o senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner.

Dessa reunião, duas mudanças no plano de governo do PT foram feitas, tendo como espelho situações latentes e sensíveis naquela região: segurança pública e saúde.

Na segurança, Haddad garantiu que o crime organizado será combatido no Brasil pela Polícia Federal.

“Parte grande do crime hoje tem organização nacional e, para isso, a Polícia Federal tem que entrar e vamos chamar a responsabilidade da Presidência para isso”, explicou.

Na questão da saúde, a proposta de instituir policlínicas com gestão bipartite. Nesses locais, com potencial de atender população de 500 mil pessoas cada, realizar consultas, exames e cirurgias no mesmo local, em consonância com a atenção básica. O modelo já existe na Bahia e seria replicado nacionalmente.

Para as próximas semanas, contra o apoio de governadores de esquerda e o tradicional apoio e simpatia ao PT com seus programas sociais, Bolsonaro e a turma do PSL terá que remar para reverter essa corrente.

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