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Eleição para o senado pode revolucionar painel político do RJ

As pesquisas eleitorais indicam liderança de Flávio Bolsonaro (PSL) e César Maia (DEM) na disputa pelas duas vagas no Senado pelo Rio de Janeiro. Lindbergh Farias (PT) ocupa o terceiro lugar, chegando a empatar tecnicamente com os líderes em alguns levantamentos, e Chico Alencar (PSOL) e Miro Teixeira (Rede) vêm na sequência.

Caso Maia e Bolsonaro confirmem o favoritismo, o resultado representará não apenas a vitória de ambos, mas uma mudança no cenário político do estado.

Em primeiro lugar, por trazer Maia de volta ao cenário nacional. O candidato do DEM foi prefeito do Rio por três mandatos, o último concluído em 2008, quando deixou a cidade com razoável taxa de aprovação. No entanto, a partir dali perdeu relevância – foi derrotado na busca por uma vaga no Senado em 2010 e 2014 e, em 2012, viu o filho Rodrigo ter uma votação pífia quando candidato à prefeitura da capital fluminense.

Para Flávio Bolsonaro, a chegada ao Senado representaria um “upgrade” em sua carreira. No quarto mandato como deputado estadual, ele se beneficia da popularidade do pai, Jair, que tem a expectativa de ser o primeiro colocado na disputa presidencial dentro do estado do Rio.

Quanto a Lindbergh, Alencar e Miro, são três “medalhões” da política que correm o risco de ficarem sem mandatos a partir do ano que vem. O petista, eleito para o Senado em 2010, alterna mandatos de maneira quase ininterrupta desde 1995. Alencar é deputado federal desde 2003 – e antes disso, foi deputado estadual e vereador, alternando funções públicas desde 1989, com um breve intervalo em 1997 e 1998. Já Miro exerce mandato de deputado federal desde 1971.

Alencar e Miro, em conversas com o blog A Protagonista, apontaram que eleições para o Sendado costumam ser decididas na reta final. De fato, os levantamentos indicam algo em torno de 30 a 35% do eleitorado no grupo dos brancos, nulos e indecisos, especialmente para a segunda vaga no Senado. O candidato do PSOL citou ainda o fato de, na sua opinião, ser pouco provável que o estado eleja dois candidatos distantes da esquerda, como Maia e Bolsonaro. “Isso não é a cara do Rio, não é o que estamos vendo nas ruas. Mas as urnas que vão dizer”, explicou.

De todo modo, Alencar já se prepara para a possibilidade de não ter mandato a partir de 2019. “Eu não nasci deputado. E há muitas formas de ajudar o Brasil. Vou continuar na militância política. Claro que não vou ficar feliz se perder, mas vou compreender como algo que faz parte da democracia”, declarou.

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