De olho nas eleições, o pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), sai em caravana nesta quinta-feira (1) pelo Ceará. À exemplo do ex-presidente Lula, que viaja em caravana pelo país desde agosto do ano passado, Ciro pretende percorrer o Brasil para fortalecer sua candidatura ao Planalto.
Presidente do PDT, Carlos Lupi diz que o percurso no Ceará é só a etapa piloto da caravana — chamada Rumo 12, em referência ao número da legenda. “A nossa ideia é fazer [o percurso] em todas as unidades da federação. É uma pré-campanha. Nós estamos rodando o Brasil todo com o Ciro [Gomes] há mais de um ano, agora vamos começar a fazer os eventos de rua”, afirma.
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Além de fortalecer o nome de Ciro Gomes, o PDT quer intensificar a filiação de prefeitos, vereadores e lideranças locais para conquistar candidatos ao Legislativo. De olho na janela partidária — a partir de 7 de março —, o deputado federal André Figueiredo, coordenador da caravana pelo estado, promete aumentar o número de viagens durante o mês e rechaça as semelhanças com a caravana de Lula.
“O nosso roteiro é bastante diferente do roteiro do Lula. O roteiro dele tem uma dimensão muito maior, com comícios nas cidades… Nosso roteiro é mais institucional. Não tem nenhum evento em praça pública”, sustenta. “O Ciro tem rodado muito nos meios acadêmicos. Agora, nós queremos fortalecer a adesão de candidatos com e sem mandato.”
Lula pelo Brasil
Depois de passar por estados do Nordeste e do Sudeste, Lula embarca rumo ao Sul do país para sua quarta caravana. Adiada para 19 de março por causa do calendário estudantil, a viagem inclui um encontro com o ex-presidente do Uruguai José Mujica e uma passagem por São Borja (RS), onde estão os túmulos de Getúlio Vargas, Leonel Brizola e João Goulart.
O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) afirma que a região Sul assume papel decisivo na trajetória política do ex-presidente. Em Curitiba (PR), Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, em julho de 2017 e, em Porto Alegre (RS), teve sua pena aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em janeiro.
Já em Florianópolis (SC), o partido promete relembrar a trajetória do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que se suicidou em outubro do ano passado após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga desvios de dinheiro da universidade.
“É fundamental o Brasil se movimentar e defender a democracia. A morte do reitor significa abuso de autoridade. As autoridades rasgaram a lei, como estão rasgando com o ex-presidente Lula. Não temos dúvida sobre essa associação. O Sul do Brasil se reveste de um significado histórico para a democracia brasileira”, defende Uczai.
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