Enquanto o TSE não consegue decidir objetivamente o que é propaganda política na internet, os candidatos vão recorrendo às fórmulas já encontradas pelas duplas jurídico-marketing de burlar o espírito da lei. Mais um no time dos que fazem propaganda sem fazer, Henrique Meirelles está patrocinando posts e já criou até logomarca com a bandeira do Brasil.
Não há nada de ilegal: até agora, só se considera campanha o pedido direto de votos. Ou seja, tudo o que se conhece por campanha política na internet na vida real não é legalmente julgado como campanha antecipada.
A página do facebook também tem aqueles vídeos legendados para a gente ler sem precisar ligar o som enquanto corre a timeline e uma quantidade desproporcional de curtidas frente às reações por postagem: ou seja, a galera não está tão empolgada assim com a página.
É mais uma que sai da cartola dos antigos pacotes prontos de marketeiros, aqueles vindos antes do novo algoritmo do facebook, que diminuiu – se é que não extinguiu – a importância de páginas como essas. Chega a ser emocionante ver os diversos presidenciáveis usando redes sociais como se fossem mídia tradicional, uma TV própria em que se despeja conteúdo sem ouvir de volta.
A grande pergunta é: se caem no canto da sereia dos marketeiros com pacotes prontos para um mundo que nem existe mais e sequer percebem a falta de interatividade do público que precisam conquistar, esses senhores engravatados estão mesmo em sintonia com aquilo que o país pede?
Abra o olho: todo candidato que tem página exaltando os próprios predicados caiu no conto de marketeiro antigo, da velha geração, acostumado àquelas campanhas das quais a gente não quer ouvir falar. A nova política debate temas, fala de projetos, de ideias, de futuro. O fim do candidato-sabonete já chegou.
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