Tentando sair da zona dos candidatos “água de salsicha” em que se encontra, Rodrigo Maia lançou no twitter um balão de ensaio que pode convertê-lo em herói dos motoristas brasileiros. Descobriu que tem nas mãos a arma para reverter mais uma genialidade do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), editada sem consulta e praticamente sem justificativa.
Na última semana, via canetada, o CONTRAN decidiu que não basta mais o exame médico para renovação da carteira de motorista. Mesmo para aqueles que não tenham uma única infração será necessário fazer um curso teórico de 10 horas/aula e uma prova teórica presencial com, no mínimo 70% de acertos. Quem for reprovado pode fazer outra prova 5 dias depois. Caso haja duas reprovações, é necessário fazer todo o curso novamente.
Até agora, ninguém descobriu por que o curso é necessário. A versão oficial é que o curso tem como objetivo “atualizar as informações e os conhecimentos sobre as legislações de trânsito, considerando a circunstância das constantes e contínuas alterações”. Não há avaliações técnicas do impacto real da medida na redução de acidentes ou sequer uma avaliação bem mais simples: quanto isso vai custar para cada condutor.
O CONTRAN já conseguiu implementar multa para farol aceso em rodovia e até agora patina com a polêmica regra das cadeirinhas em vans escolares (a maioria das vans aprovadas para a atividade não tem espaço para as cadeirinhas regulamentadas).
Se Rodrigo Maia realmente conseguir derrubar o ENEM da renovação da CNH, que está revoltando motoristas e multiplicando memes nas redes sociais, e fizer barulho suficiente na mídia, finalmente encontra uma brecha para diferenciar seu nome da pauta negativa e repetitiva dos candidatos que orbitam em seu campo ideológico.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF