Coordenador da campanha do pré-candidato ao Planalto Geraldo Alckmin (PSDB-SP) nas redes sociais, Marcelo Vitorino diz que o tucano irá partir para o confronto com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e que o desempenho de Alckmin nas pesquisas de intenção de voto não causa “nenhum mal estar”.
No levantamento divulgado nessa terça-feira (5) pelo DataPoder360, o ex-governador de São Paulo aparece em quarto lugar no melhor cenário, com 7% dos votos — mesmo percentual da pesquisa Datafolha divulgada em janeiro. Segundo Vitorino, os números estão dentro do esperado. Para ele, Alckmin deve atrair indecisos e captar eleitores de Bolsonaro, líder isolado na corrida pela Presidência da República.
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“A pesquisa diz que mais de 40% dos eleitores não sabem em quem votar. Se você pega essa parcela do eleitorado, você está no segundo turno. O jogo está longe de terminar”, diz. “Bolsonaro está há dois anos fazendo campanha para presidente, enquanto o Alckmin está há um mês. Muita gente não sabe nem que ele é candidato a presidente.”
Em um dos cenários de primeiro turno, o percentual de votos brancos e nulos somados ao de entrevistados que não souberam responder chega a 36%. No cenário de segundo turno disputado entre Alckmin e Bolsonaro, a porcentagem de brancos e nulos sobe para 39% e a de entrevistados que não responderam para 9%.
Vitorino afirma que a estratégia da campanha será mostrar ao eleitor que Alckmin é o único candidato capaz de “assegurar que o PT não volte ao poder” e de impedir que “o Brasil caia nas mãos de um extremista que vai conduzir o país à loucura” — em referência a Bolsonaro.
“O eleitor não conhece o Bolsonaro. O que o Bolsonaro fez nos últimos 24 anos da vida dele para que o eleitor o conhecesse? Alguém tem que dizer a verdade. Esse enfrentamento precisa acontecer para que o eleitor não vote sem saber. O Bolsonaro tem um teto [de crescimento] e, quanto mais gente o conhece, mais esse teto abaixa. A nossa tentativa é a de dizer: ‘É este candidato que você quer mesmo?’.”
Questionado sobre a pesquisa dessa terça, Alckmin chegou a afirmar que Bolsonaro não estará no segundo turno. Em maio, o ex-governador aventou uma das principais bandeiras do deputado federal fluminense e admitiu que pode flexibilizar o porte de armas no campo. “Sobre Bolsonaro: quem anda pra trás é caranguejo”, escreveu o tucano nas redes sociais.
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