O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), que é também advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e esteve na linha de frente da operação que quase livrou o petista da prisão no domingo (8), disse ao blog A Protagonista que o partido ainda não definiu sua estratégia para a continuidade da disputa judicial – mas adiantou que os trabalhos vão partir do pressuposto de que o Judiciário brasileiro é uma “anarquia organizada”.
“Está sendo levado em conta que nós não temos mais Poder Judiciário. O que nós temos é uma anarquia organizada que antigamente se chamava Judiciário. Não tem mais hierarquia, não tem mais obediência, um juiz de primeiro grau age como bem entende… é nesse cenário que nós vamos agir”, declarou.
Damous deu também uma declaração em sintonia com o que a presidente do seu partido, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmara pela manhã: a de que os petistas planejam intensificar mobilizações de rua e pressões populares para pedir a libertação do ex-presidente.
“Nossa resposta tem que ser política”, disse o deputado. No domingo, Damous chegou a sugerir que o juiz Sérgio Moro deveria ser investigado por desobediência, por conta da não-libertação de Lula após a determinação do juiz Rogério Favreto.