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EXCLUSIVA: Marchezan diz que pediu Exército para “defesa do povo” e resposta a lideranças de “quase de dentro do presídio”

Brasília- DF- Brasil- 07/06/2016- Reunião ordinária para discussão e votação do parecer referente ao processo nº 01/15, representação nº 01/15, do PSOL e REDE, em desfavor do dep. Eduardo Cunha. Na foto, Dep. Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS). Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados (Foto: )

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), afirmou que a sua decisão de pedir apoio da Força Nacional e do Exército Brasileiro para o próximo dia 24, quando ocorrerá na cidade o julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é uma resposta ao incentivo de mobilizações por parte de “lideranças políticas” e “algumas quase de dentro do presídio”.

Em entrevista exclusiva ao blog A Protagonista, Marchezan disse que sua intenção ao apresentar o pedido foi formalizar a preocupação da prefeitura de Porto Alegre com possíveis manifestações violentas durante o julgamento.

“Era necessário que ficasse registrado para o governo do estado e para o governo federal que há a nossa demanda e o nosso apoio político, nosso apoio administrativo e a nossa necessidade de ajuda para a preservação [do patrimônio público], deixando bem claro que o interesse maior do município é a preservação dos direitos fundamentais”, destacou.

Representantes do PT, de partidos aliados e de movimentos sociais ligados a Lula, como MST e MTST, planejam atos em Porto Alegre para manifestar apoio ao ex-presidente. Assim, devem repetir o registrado em Curitiba em setembro de 2017, quando o petista prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro e a capital paranaense recebeu manifestantes de diferentes regiões do país. O ex-presidente deverá estar presente em Porto Alegre no dia – embora ele não precise comparecer à cidade, como já destacou reportagem de A Protagonista.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), escreveu em seu perfil no Twitter que o pedido de Marchezan representa “medo do povo”. Em resposta, o prefeito disse que sua decisão tem sentido oposto: “pelo contrário. Estamos protegendo o povo de algum ato, de algum vândalo, ou de alguém descontrolado. É essa a intenção. Estamos fazendo atos de apoio ao povo e de apoio aos seus representantes, que são o governador do estado, o presidente da República e as forças das políticas instituídas”, disse.

No ofício em que pediu ao presidente Michel Temer a presença da Força Nacional e do Exército, o prefeito destacou que o Tribunal Regional Federal da 4a Região, onde será realizado o julgamento, fica em um parque público e citou a “menção à desobediência civil e luta propugnadas nas redes sociais por alguns políticos, inclusive Senadores da República”.

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