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Grupos pró e anti-Lula fazem pressão sobre o Supremo na Praça dos Três Poderes

Militantes contrários e a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestaram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na tarde desta terça-feira (20). A mobilização, por ambos os grupos, foi estimulada pela possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a possibilidade de prisão em segunda instância, algo levantado após o decano da Corte, ministro Celso de Mello, pedir uma reunião com a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, para tratar sobre o tema.

A reunião – que tinha caráter informal e ocorreria nesta terça – acabou cancelada e Cármen agendou para essa quarta-feira (21) um encontro ‘oficial’ entre os 11 ministros do Supremo, que discutirão a questão.

Os manifestantes contrários a Lula estavam em maior número. Participantes de grupos que se notabilizaram à época do impeachment de Dilma Rousseff, como Nas Ruas e Movimento Brasil Livre (MBL), eles portavam faixas com dizeres como “Lula na Cadeia” e entoaram gritos contra o ex-presidente.

“Essa ideia de pedir a revisão das prisões em segunda instância é um total absurdo. Nós, como cidadãos, não podemos aceitar isso. No dia 26 será julgado o último recurso do ex-presidente Lula, então ele está sem saída. Todas as brechas estão sendo tapadas. Mas nosso maior medo, hoje, é o STF protegê-lo de alguma forma. Se houver a revisão da prisão em segunda instância, isso pode beneficiar nao só o Lula, mas também outros políticos condenados por corrupção”, afirmou Evandro Araújo, do Direita-DF.

Do lado oposto no campo ideológico, mas também crítico às instituições, o militante do Partido da Causa Operária Danilo Santos declarou: “Só através da mobilização popular vamos conseguir reverter a prisão de Lula, já que as instituições não estão respondendo”.

Os dois lados trocaram provocações e agressões verbais – os já tradicionais gritos de “vai pra Cuba” e “golpistas não passarão” foram entoados de lado a lado. A Polícia Militar precisou criar um cordão de isolamento e colocar grades para dividir os manifestantes. Mas agressões físicas não foram identificadas.

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